Polo gesseiro pede ajuda ao governo federal Nos últimos três anos, empresas tiveram perdas de R$ 28,5 milhões e de postos de trabalho. Deputado Augusto Coutinho levou a questão ao Congresso

Publicação: 05/08/2023 03:00

Responsável por 90% da produção de gipsita no Brasil, o Polo Gesseiro do Araripe está pedindo ajuda ao governo federal, em forma de isenções fiscais, por causa da perda de receitas e empregos. As perdas são da ordem de R$ 28,5 milhões nos últimos três anos. Os prejuízos são causados pelo alto custo de escoamento e pela concorrência da gipsita importada da Espanha. Fundamental para setores como a construção civil e a indústria da saúde, a substância é produzida em larga escala em Araripina, Trindade, Ipubi e Ouricuri.

A crise virou motivo de preocupação no Congresso. “A localização das minas pernambucanas faz com que o produto chegue ao mercado doméstico a preços bem elevados em relação ao custo de produção devido ao transporte, exclusivamente rodoviário, com distâncias de 600 km até os terminais ferroviários e 700 km até os portos mais próximos”, explica o deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos). Ele solicitou uma audiência pública sobre o assunto na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara, que aprovou o requerimento e definirá a data nos próximos dias.

A perda de faturamento levou o Sindicato das Indústrias de Gesso do Estado de Pernambuco (Sindusgesso) a requerer ao governo a isenção por dez anos na cobrança da Compensação Financeira pela Exploração Mineral e de cinco anos da cobrança do PIS/Pasep, Cofins e CSLL, e da majoração da alíquota de importação. Os produtores também pedem que a União analise a possibilidade de restringir a importação de gipsita espanhola nos moldes das limitações já existentes em relação ao sulfato produzido na Coreia do Norte.