Para gestora, a "safra de agosto vai ser exportada"

Os setores da economia pernambucana que atuam na exportação de produtos se mostram preocupados com o que virá, a partir de agosto, com o tarifaço dos Estados Unidos, mas a governadora Raquel Lyra (PSD) se mostra confiante no poder de negociação do Brasil, para evitar grandes prejuízos para o estado. Ontem, ela disse que já se busca outros mercados no exterior e que confia que as safras conseguirão ser comercializadas.

“Existem algumas projeções que podem ser as perdas econômicas de Pernambuco, a partir da decisão do presidente americano (Donald Trump). Mas não tenho dúvida nenhuma do poder de negociação. A gente tem representantes de Pernambuco, e eu diretamente, atuando junto com o Grupo de Trabalho montado com representantes do setor canavieiro, com Renato Cunha, do Sindaçúcar, Guilherme Coelho, que é presidente da Abrafrutas. Estão trabalhando muito para poder garantir a continuidade das exportações”, salientou Raquel.

A governadora ressaltou que o Estado é “um dos maiores exportadores de frutas do Brasil e vamos continuar sendo”. “A abertura do mercado já está acontecendo ao longo do tempo, trabalhando pela abertura dos mercados europeu e asiático, com a possibilidade da nossa uva já chegar na China. A gente quer garantir o retorno através das políticas de negociação internacional, para que o consumo das nossas frutas continue sendo feito nos Estados Unidos. Mas a gente tem alternativas para isso. A gente acredita que essa safra de agosto vai ser exportada”, disse.

O tarifaço anunciado por Trump tem por trás também a questão política que envolve as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto a governadora evitou comentar a ação da Polícia Federal, que terminou com o liberal tendo que usar uma tornozeleira eletrônica. “Não vou comentar a ação da Polícia Federal. O trabalho deles está sendo feito e cabe aos julgadores do Supremo Tribunal Federal e à Polícia Federal fazer em seus trabalhos”, resumiu. (Blog Dantas Barreto)