Domingo de segundo turno no Uruguai
As últimas pesquisas de intenção de voto no país vizinho mostram uma ligeira vantagem de Orsi (de centro-esquerda) sobre Delgado (de centro-direita)
Publicação: 23/11/2024 03:00
Os uruguaios voltam às urnas neste domingo (24) para escolher entre a continuidade do governo de centro-direita ou a mudança para a esquerda do ex-presidente José Mujica, em um segundo turno que os analistas antecipam como muito acirrado. O opositor Yamandú Orsi, um professor de História de 57 anos, e Álvaro Delgado, um veterinário de 55 anos, aspiram governar o país de 3,4 milhões de pessoas, considerado a democracia mais sólida da América Latina e com uma renda per capita comparativamente alta e baixos níveis de pobreza.
Um deles sucederá em março o presidente Luis Lacalle Pou, que tem um alto índice de aprovação, mas é constitucionalmente impedido de buscar um segundo mandato consecutivo. Com Orsi, a Frente Ampla aposta em recuperar a cadeira presidencial que perdeu em 2020 após 15 anos no cargo.
Silvia Martínez, uma trabalhadora doméstica de 60 anos, quer que Orsi vença porque com a Frente Ampla ela estava melhor “em tudo” e com a coalizão governista, “em nada”. “Nós, que estamos abaixo, somos os que mais sofrem”, disse ela à AFP após ouvir Mujica em um evento. O ex-presidente (2010-2015) teve um papel de destaque na campanha de Orsi como “principal estrategista”, de acordo com o cientista político Alejandro Guedes.
O ex-guerrilheiro de 89 anos, que ainda está se recuperando de um câncer no esôfago, saiu às ruas para atrair novos apoiadores. Em atos de campanha e entrevistas, ele exibiu seu estilo de vida austero, que no passado lhe rendeu o apelido de “o presidente mais pobre do mundo”, e criticou os políticos que “gostam muito de dinheiro”. O apadrinhado de Mujica foi o mais votado em 27 de outubro, com 43,9% dos votos, mas não o suficiente para evitar um 2º turno.
Delgado, ex-secretário presidencial de Lacalle Pou, obteve apenas 26,7% como candidato do Partido Nacional, mas agora tem o apoio de todos os aliados da coalizão governista, que recebeu ao todo 47,7%.
“Apoio Álvaro Delgado porque o considero a continuidade deste governo, que para mim foi positivo”, disse à AFP Manuel Cigliuti, um assistente administrativo de 24 anos que destacou a gestão da economia, da segurança e da pandemia.
As últimas pesquisas mostram uma ligeira vantagem de Orsi sobre Delgado. Mas analistas alertam que a diferença está nas margens de erro e estimam um “empate técnico”. (AFP)
Um deles sucederá em março o presidente Luis Lacalle Pou, que tem um alto índice de aprovação, mas é constitucionalmente impedido de buscar um segundo mandato consecutivo. Com Orsi, a Frente Ampla aposta em recuperar a cadeira presidencial que perdeu em 2020 após 15 anos no cargo.
Silvia Martínez, uma trabalhadora doméstica de 60 anos, quer que Orsi vença porque com a Frente Ampla ela estava melhor “em tudo” e com a coalizão governista, “em nada”. “Nós, que estamos abaixo, somos os que mais sofrem”, disse ela à AFP após ouvir Mujica em um evento. O ex-presidente (2010-2015) teve um papel de destaque na campanha de Orsi como “principal estrategista”, de acordo com o cientista político Alejandro Guedes.
O ex-guerrilheiro de 89 anos, que ainda está se recuperando de um câncer no esôfago, saiu às ruas para atrair novos apoiadores. Em atos de campanha e entrevistas, ele exibiu seu estilo de vida austero, que no passado lhe rendeu o apelido de “o presidente mais pobre do mundo”, e criticou os políticos que “gostam muito de dinheiro”. O apadrinhado de Mujica foi o mais votado em 27 de outubro, com 43,9% dos votos, mas não o suficiente para evitar um 2º turno.
Delgado, ex-secretário presidencial de Lacalle Pou, obteve apenas 26,7% como candidato do Partido Nacional, mas agora tem o apoio de todos os aliados da coalizão governista, que recebeu ao todo 47,7%.
“Apoio Álvaro Delgado porque o considero a continuidade deste governo, que para mim foi positivo”, disse à AFP Manuel Cigliuti, um assistente administrativo de 24 anos que destacou a gestão da economia, da segurança e da pandemia.
As últimas pesquisas mostram uma ligeira vantagem de Orsi sobre Delgado. Mas analistas alertam que a diferença está nas margens de erro e estimam um “empate técnico”. (AFP)