Alexandre Rands Barros
Economista
Publicação: 19/07/2025 03:00
Há muita discussão sobre as tarifas impostas pelos EUA, mas poucas de forma sensata e com conhecimento suficiente sobre o tema. A imprensa logo dedicou-se a ouvir os exportadores, que serão as pessoas mais atingidas negativamente. Por isso, está se gerando uma noção magnificada do problema. Vale observar que as exportações para os EUA representam apenas 2,2% do PIB brasileiro e as importações atingem apenas 2,7%. Como boa parte das exportações serão redirecionadas e outra parte continuará a existir, com os consumidores americanos pagando pelas tarifas, o impacto será pequeno. Por outro lado, as importações não precisarão diminuir. Se o Brasil impuser alguma tarifa recíproca, elas poderão diminuir. Mas na maior parte dos casos, serão substituídas por compras em outros países. Por isso, será necessário o governo brasileiro saber impor tarifas diferenciadas, analisando caso a caso.
Há diferenças nos efeitos de curto, médio e longo prazos. Em menos de um ano (curto prazo), os setores exportadores vão sofrer, se não operarem em mercados competitivos. Nesses últimos apenas haverá redirecionamento de exportações para outros lugares que tomarem o mercado dos produtos brasileiros nos EUA. Haverá estresse, mas de poucos meses. Nos mercados menos competitivos, em que os bens e serviços não são iguais aos dos concorrentes, esse redirecionamento exigirá prazos maiores. Isso deverá causar perdas em período que pode ser próximo a um ano. No curto prazo, haverá encalhe de bens, com prováveis perdas. Parte deles pode ser direcionada para o mercado interno, trazendo queda nos preços domésticos.
Nos médio e longo prazos, contudo, algo acima de um ano, as fontes de importações serão substituídas por países que forneçam os mesmos bens e serviços a preços mais competitivos porque estarão sem tarifas. As exportações, por sua vez, encontrarão outros mercados e a vida seguirá normalmente. As estruturas produtivas e as relações comerciais deverão se ajustar e os efeitos serão mínimos. Vale destacar, contudo, que a implementação de tarifas a partir do próximo mês não implica que elas serão eternas. Podem ser removidas em um prazo de dois a três anos, ou mesmo, sequer, serem implementadas, como já há experiências prévias com o próprio Trump. Somado aos comentários anteriores, isso também mostra que o efeito dessas tarifas será pequeno. Ele será grande para alguns exportadores. Mas esses são os riscos típicos de uma economia capitalista. Como eles estão tendo muito direito de fala, estão criando a ideia de que vai haver um caos no Brasil. Mas isso não é verdade.
Vale também observar que a maioria dos países parceiros dos EUA também está sendo alvo de tarifas. Consequentemente, a competição no mercado americano de bens e serviços exportados pelo Brasil não será tão elevada. Os produtores americanos manterão seus preços próximos aos atuais mais tarifas na maioria dos casos, pois como empresas maximizam lucros. Por isso, os produtos brasileiros poderão continuar competindo nesses mercados. Além disso, certamente haverá alguma compensação com a desvalorização do Real. Isso faz com que a perda de competitividade dos bens e serviços produzidos no Brasil, no mercado dos EUA, na maioria das vezes venha a ser mínima. Ou seja, essas tarifas têm pouco efeito para todos nós brasileiros.
Há diferenças nos efeitos de curto, médio e longo prazos. Em menos de um ano (curto prazo), os setores exportadores vão sofrer, se não operarem em mercados competitivos. Nesses últimos apenas haverá redirecionamento de exportações para outros lugares que tomarem o mercado dos produtos brasileiros nos EUA. Haverá estresse, mas de poucos meses. Nos mercados menos competitivos, em que os bens e serviços não são iguais aos dos concorrentes, esse redirecionamento exigirá prazos maiores. Isso deverá causar perdas em período que pode ser próximo a um ano. No curto prazo, haverá encalhe de bens, com prováveis perdas. Parte deles pode ser direcionada para o mercado interno, trazendo queda nos preços domésticos.
Nos médio e longo prazos, contudo, algo acima de um ano, as fontes de importações serão substituídas por países que forneçam os mesmos bens e serviços a preços mais competitivos porque estarão sem tarifas. As exportações, por sua vez, encontrarão outros mercados e a vida seguirá normalmente. As estruturas produtivas e as relações comerciais deverão se ajustar e os efeitos serão mínimos. Vale destacar, contudo, que a implementação de tarifas a partir do próximo mês não implica que elas serão eternas. Podem ser removidas em um prazo de dois a três anos, ou mesmo, sequer, serem implementadas, como já há experiências prévias com o próprio Trump. Somado aos comentários anteriores, isso também mostra que o efeito dessas tarifas será pequeno. Ele será grande para alguns exportadores. Mas esses são os riscos típicos de uma economia capitalista. Como eles estão tendo muito direito de fala, estão criando a ideia de que vai haver um caos no Brasil. Mas isso não é verdade.
Vale também observar que a maioria dos países parceiros dos EUA também está sendo alvo de tarifas. Consequentemente, a competição no mercado americano de bens e serviços exportados pelo Brasil não será tão elevada. Os produtores americanos manterão seus preços próximos aos atuais mais tarifas na maioria dos casos, pois como empresas maximizam lucros. Por isso, os produtos brasileiros poderão continuar competindo nesses mercados. Além disso, certamente haverá alguma compensação com a desvalorização do Real. Isso faz com que a perda de competitividade dos bens e serviços produzidos no Brasil, no mercado dos EUA, na maioria das vezes venha a ser mínima. Ou seja, essas tarifas têm pouco efeito para todos nós brasileiros.