Bolsonaro: "Venham para cima de mim!"
Presidente reage às investigações sobre o filho e diz que a intenção é atingi-lo e prejudicar o seu governo
Publicação: 17/05/2019 03:00
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse ontem, nos EUA, que as investigações que avançam sobre seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), são feitas para atingi-lo. De acordo com o presidente, que colocou seu sigilo bancário à disposição, as apurações estão “fazendo um esculacho” em cima de Flávio para prejudicar o seu governo. “Façam justiça! Querem me atingir? Venham pra cima de mim! Querem quebrar meu sigilo, eu sei que tem que ter um fato, mas eu abro o meu sigilo. Não vão me pegar”, afirmou, em Dallas, no Texas.
O Ministério Público do Rio de Janeiro considera haver indícios robustos dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio no período em que ele exercia o mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, de 2007 a 2018.
De acordo com o Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), responsável pela investigação, o gabinete de Flávio tem características de uma organização criminosa “com alto grau de permanência e estabilidade, formada desde o ano de 2007”.
Os promotores apontam três núcleos “hierarquicamente compartimentados”: um que nomeava os assessores, outro que recolhia e distribuía parte dos salários dos servidores e o terceiro composto por aqueles que aceitavam o compromisso de entregar parte de suas remunerações. Os integrantes de cada núcleo, contudo, não são nomeados.
Foi com base nesses indícios que a Promotoria solicitou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 86 pessoas e nove empresas. O senador Flávio Bolsonaro foi um dos atingidos pela medida, deferida pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, a quebra de sigilo nas apurações sobre a movimentação financeira de Flávio atinge ao menos cinco ex-assessores de Bolsonaro.
Todos os cinco assessores trabalharam tanto no gabinete do pai, na Câmara dos Deputados, como no do filho, na Assembleia do Rio, ao longo do período que engloba a quebra dos sigilos, de janeiro de 2007 a dezembro de 2018.
O presidente afirmou que o Ministério Público quebrou o sigilo de seu filho “desde o ano passado” e os investigadores agora querem dar “um verniz de legalidade” às apurações.
OLAVO
O escritor Olavo de Carvalho, guru da família Bolsonaro, disse ontem que não fará mais comentários sobre a política brasileira por enquanto. “O que eu estou fazendo, estou decidindo hoje, é me ausentar temporariamente do debate político nacional, do dia a dia, das miudezas da política, porque se tornou uma coisa absolutamente insustentável”, afirmou Olavo durante entrevista em vídeo para o site Crítica Nacional. (Folhapress)
O Ministério Público do Rio de Janeiro considera haver indícios robustos dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio no período em que ele exercia o mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, de 2007 a 2018.
De acordo com o Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), responsável pela investigação, o gabinete de Flávio tem características de uma organização criminosa “com alto grau de permanência e estabilidade, formada desde o ano de 2007”.
Os promotores apontam três núcleos “hierarquicamente compartimentados”: um que nomeava os assessores, outro que recolhia e distribuía parte dos salários dos servidores e o terceiro composto por aqueles que aceitavam o compromisso de entregar parte de suas remunerações. Os integrantes de cada núcleo, contudo, não são nomeados.
Foi com base nesses indícios que a Promotoria solicitou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 86 pessoas e nove empresas. O senador Flávio Bolsonaro foi um dos atingidos pela medida, deferida pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, a quebra de sigilo nas apurações sobre a movimentação financeira de Flávio atinge ao menos cinco ex-assessores de Bolsonaro.
Todos os cinco assessores trabalharam tanto no gabinete do pai, na Câmara dos Deputados, como no do filho, na Assembleia do Rio, ao longo do período que engloba a quebra dos sigilos, de janeiro de 2007 a dezembro de 2018.
O presidente afirmou que o Ministério Público quebrou o sigilo de seu filho “desde o ano passado” e os investigadores agora querem dar “um verniz de legalidade” às apurações.
OLAVO
O escritor Olavo de Carvalho, guru da família Bolsonaro, disse ontem que não fará mais comentários sobre a política brasileira por enquanto. “O que eu estou fazendo, estou decidindo hoje, é me ausentar temporariamente do debate político nacional, do dia a dia, das miudezas da política, porque se tornou uma coisa absolutamente insustentável”, afirmou Olavo durante entrevista em vídeo para o site Crítica Nacional. (Folhapress)