O batavo apaixonado pelo Recife

Publicação: 10/06/2017 03:00

Morando no Recife desde quando tinha 28 anos, o padre holandês Antonius Speekenbrink, 85, não vê semelhanças entre as cidades holandesas e a capital pernambucana. “O que o Recife tem de mais parecido com a Holanda é aquele moinho do Makro (supermercado na Avenida Recife)”, brincou. “Claro que tem o nome de Nassau em várias coisas, as pontes, mas não vejo muitas semelhanças”, completou o padre que adotou o nome Paulo no Brasil.

Quando chegou, vindo de Breda (110 km de Amsterdã), não falava uma palavra em português. “Eu era como uma folha de papel em branco. Fui aprendendo nos livros, com os colegas e as pessoas que iam às missas”. Na atuação religiosa, passou pelas cidades de Garanhuns, Cabo, Paulista e Jaboatão. Sempre morando na Madalena, no Recife.

Aposentou-se aos 81 anos e tinha a opção de voltar para a Holanda, onde tem irmãs. Escolheu ficar na cidade que o abrigou ainda jovem. “A gente fica com o Brasil no coração”, afirmou. Há um ano, contraiu chikungunya e, por causa das dores nas articulações, deixou de fazer um de seus programas favoritos: caminhar à beira do Rio Capibaribe, o mesmo onde Maurício de Nassau construiu a primeira ponte do Brasil.