O TEA sob nova perspectiva na Caixa Cultural Espetáculo "Hélio, o Balão que Não Consegue Voar" encerra o Festival Pintando o 7 neste final de semana, levando ao palco uma reflexão delicada sobre inclusão

Allan Lopes

Publicação: 19/07/2025 03:00

A autoria da peça é de Cleyton Cabral, que também atua (RICARDO MACIEL/DIVULGAÇÃO)
A autoria da peça é de Cleyton Cabral, que também atua
Acolher as diferenças, entender o outro e enxergar o mundo com mais empatia: esses são alguns dos caminhos que a arte pode trilhar quando se propõe a falar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). É com essa sensibilidade que o espetáculo Hélio, o Balão que Não Consegue Voar encerra a programação da 8ª edição do Festival Pintando o 7, na Caixa Cultural. A montagem pernambucana, voltada para todas as idades, está em cartaz neste sábado e domingo, sempre às 16h, no Bairro do Recife.

Escrito por Cleyton Cabral, vencedor do Prêmio Ariano Suassuna de 2019, o texto ganha direção de Marcondes Lima e conta a história de Hélio, balão com TEA que vive em uma loja de festas e não consegue voar. A metáfora convida à reflexão sobre inclusão, aceitação das diferenças e o direito de existir como se é. Antes de chegar ao festival, o espetáculo passou por escolas, bibliotecas e instituições de apoio, dialogando com diversos públicos.

Segundo Cleyton, a ausência de campanhas de conscientização contribui para o desconhecimento dos sinais do TEA, o que compromete o diagnóstico precoce e a qualidade de vida das pessoas autistas. “Queremos incentivar o pensamento crítico e a reflexão nos espectadores, para que eles conheçam os sintomas e se tornem possíveis agentes de transformação”, destaca o autor, que sobe ao palco ao lado de Fábio Caio e Luciana Barbosa.

Desde 2017, o Pintando o 7 trabalha com o propósito de promover acesso à cultura de qualidade, com produções que valorizam a infância e o diálogo com temas sociais atuais. Com programação diversa, o festival se despede com a certeza de que o teatro continua sendo uma ferramenta poderosa de conexão.