Pior seca em 90 anos aprofunda crise energética
Níveis críticos nos reservatórios das hidrelétricas fez com que tarifa voltasse a subir em quase 7% para cobrir os custos de produção de fontes alternativas
Publicação: 02/09/2021 03:00
A seca que colocou o Brasil à beira do colapso energético se aprofunda e acelera as medidas governamentais, focadas em evitar apagões, apelando para fontes de energia mais caras, financiadas com aumentos nas tarifas de eletricidade.
A pior seca em 91 anos reduziu a níveis críticos os reservatórios das hidrelétricas do Centro-Oeste e do Sul, fontes de 70% da energia hidráulica do país, à medida que a economia se recupera após o colapso provocado pela pandemia de coronavírus.
A crise se tornou palpável para os consumidores na conta de luz, que voltou a subir na terça-feira em quase 7% para cobrir os custos de produção de outras fontes alternativas mais caras e importações.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, apelou a um “esforço urgente” dos setores público e privado para mitigar o risco de falta de energia.
“Estamos no limite do limite”, salientou o presidente Jair Bolsonaro dias atrás, quando pediu aos consumidores que “apaguem alguma luz em casa”.
Na terça-feira passada, três usinas fotovoltaicas, uma de biomassa e quatro eólicas foram adicionadas à rede de geração.
A situação desses reservatórios piorou mais que o esperado em agosto e continuará se deteriorando em setembro, estimou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
“A previsão para os próximos meses, caso continue chovendo abaixo da média histórica, é que em outubro já teremos um problema de desequilíbrio entre oferta e demanda nos horários de pico”, alerta o professor do grupo de estudos Gesel do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro.
Pressão sobre os preços
Esse prognóstico desencadeou medidas oficiais: programa de economia de energia de 10 a 20% na administração pública federal até abril e planos de racionamento voluntário com benefícios para empresas e famílias.
Segundo o ministro, uma economia média de 12% nas moradias equivale ao abastecimento de 8,6 milhões de domicílios.
O antecedente é o de 2001, quando situação semelhante obrigou o governo de Fernando Henrique Cardoso a fazer racionamento compulsório. (AFP)
A pior seca em 91 anos reduziu a níveis críticos os reservatórios das hidrelétricas do Centro-Oeste e do Sul, fontes de 70% da energia hidráulica do país, à medida que a economia se recupera após o colapso provocado pela pandemia de coronavírus.
A crise se tornou palpável para os consumidores na conta de luz, que voltou a subir na terça-feira em quase 7% para cobrir os custos de produção de outras fontes alternativas mais caras e importações.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, apelou a um “esforço urgente” dos setores público e privado para mitigar o risco de falta de energia.
“Estamos no limite do limite”, salientou o presidente Jair Bolsonaro dias atrás, quando pediu aos consumidores que “apaguem alguma luz em casa”.
Na terça-feira passada, três usinas fotovoltaicas, uma de biomassa e quatro eólicas foram adicionadas à rede de geração.
A situação desses reservatórios piorou mais que o esperado em agosto e continuará se deteriorando em setembro, estimou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
“A previsão para os próximos meses, caso continue chovendo abaixo da média histórica, é que em outubro já teremos um problema de desequilíbrio entre oferta e demanda nos horários de pico”, alerta o professor do grupo de estudos Gesel do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro.
Pressão sobre os preços
Esse prognóstico desencadeou medidas oficiais: programa de economia de energia de 10 a 20% na administração pública federal até abril e planos de racionamento voluntário com benefícios para empresas e famílias.
Segundo o ministro, uma economia média de 12% nas moradias equivale ao abastecimento de 8,6 milhões de domicílios.
O antecedente é o de 2001, quando situação semelhante obrigou o governo de Fernando Henrique Cardoso a fazer racionamento compulsório. (AFP)