Câncer: ele não voltará

Antonio Barbosa
Autor de Crônicas da Indústria e Outros Temas

Publicação: 27/04/2024 03:00

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima cerca “de 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até o ano de 2025 (...) com incidência de mama nas mulheres e próstata nos homens”. Nessa corrida, digamos assim, “os homens são mais propensos, sendo os tipos de câncer mais recorrentes entre as mulheres (...)” como,  por exemplo, “o de  tireoide, o de colo do útero e o de cólon reto”. Entre os homens: “câncer de pele, colon e reto, bexiga e pulmão”.
Diagnosticado com um tumor na bexiga (medição: 5,1 x 5,1 cm)  considerado volumoso para os padrões procedimentais médicos realizado no Hospital dos Servidores do Estado (HSE), estou ainda me submetendo às sessões semanais imunoterápicas com o tratamento imuno/BCG  ministrado na Oncoclinicas Multihemo.
O preambular não se pretende à área técnico-científico, até porque, minha formação não  reside nos canones sagrados da medicina e, sim o de escrever o que se passa ao derredor da vida, nos seus cânticos e nos encantos que exprime docilmente o poeta. Receoso, portanto, e com muito medo do que poderia me acontecer, perguntei a médica oncologista, a dra. Marianne Rodrigues, dentre outras que me assistiam, se esse câncer é perigoso, ao que ela respondeu; “seu câncer já está curado (sic),  o que eu quero agora é fazer com que ele não prospere,  não volte”.
  Destarte ao tomar o meu “coquetel” Imuno BCG “(...), trata-se um medicamento biológico composto por bacilo de Calmette-Guérin - L,C.A, 1863/1933 - e é indicado no tratamento do câncer de bexiga”,  lembrei que minha mãe a 70 anos atrás nos levava, eu e meus irmãos, para tomar vacinas de BCG, e outras contra tuberculose, poliomielite, principalmente, numa época (1940/50) em que a penicilina brilhava desde 1928 (ver, Alexander Fleming 1881-1955), descobridor da penicilina, um medicamento de amplo espectro, “um dos grandes avanços na história da medicina (...); salvando a vida de milhares de soldados durante a Segunda Guerra Mundial”. Aliás, saímos de uma época, registre-se, em que o verbete “câncer” causava repúdio, ojeriza , enfim, medo, como estivéssemos datados para sentarmos numa cadeira-elétrica; eu ainda tremo de medo! De todo modo, agradeço a todos que fazem o corpo-médico do HSE e da Oncoclínica Multihemo.