Aline Alexandrino
Gerente executiva de Marketing de Spreads da BRF
Publicação: 18/07/2025 03:00
O Brasil é um dos países mais diversos do mundo, unindo, desde sua origem, hábitos e tradições de diferentes povos. Naturalmente, esse intercâmbio de identidades se reflete em nossas músicas, gastronomia, celebrações, símbolos e costumes, resultando em uma cultura extremamente rica e plural, que se diversifica ainda mais quando olhamos individualmente para cada região do país.
É claro que isso não passa despercebido pelas marcas. Constantemente, observamos a presença de empresas em festivais, festas tradicionais, shows e eventos regionais, sejam como apoiadoras ou patrocinadoras, além de campanhas e ações que buscam conectá-las a essas manifestações culturais locais. É uma maneira não apenas de criar mais oportunidades de consumo, mas de se vincular, emocionalmente, às pessoas daquela região ao se inserir de modo mais palpável em seu cotidiano. Além disso, contribui para gerar mais visibilidade em cenários positivos e de prestígio à cultura local, criando memórias afetivas atreladas à marca.
No entanto, quando uma marca busca incorporar elementos da cultura de uma região, isso exige que ela tenha a sensibilidade de ouvir a comunidade onde está inserida e buscar contribuir de forma contínua, não apenas quando há um objetivo comercial envolvido. Afinal, a cultura representa a história, o modo de vida, crenças, valores e expressões artísticas e gastronômica da região.
O São João é um grande exemplo. Anualmente, diversas marcas participam dessa festa que é uma das mais populares do Brasil e une diferentes gerações e costumes em cidades de todo o território nacional. Entretanto, como marca, é imprescindível fazer um recorte regional ao decidir investir nessa celebração. Quando falamos do São João do Nordeste, onde está a sua origem, a festa é muito mais que uma comemoração: ela reúne a música, danças e a culinária típica nordestina, representa identidade, orgulho e memória coletiva da região e fomenta intensamente a economia local, fortalecendo o turismo e o comércio. O São João de Caruaru, em Pernambuco, por exemplo, é uma das maiores festas juninas do mundo, e reúne quase 4 milhões de pessoas todos os anos. Em 2025, a festa gerou R$ 737,6 milhões para economia local e auxiliou na criação de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com uma pesquisa da Simplex Consultoria em parceria com a Empetur. É uma tradição que não deve ser apropriada, mas alavancada como símbolo de um legado coletivo, que também contribui para o desenvolvimento socioeconômico da região.
Por isso a importância de marcas regionais investirem em tradições como essas. É uma estratégia que ganha muito mais autenticidade quando são lideradas por aquelas que têm sua origem ou produção em região específica, pois essa presença e valorização da cultura local se torna não apenas mais fácil, mas mais profunda. Ela ilustra o seu grande diferencial como marca: a maior proximidade e conexão natural com os costumes, símbolos e tradições regionais. Afinal, muitas vezes elas impactam consideravelmente o ecossistema socioeconômico da região, desde a produção de insumos até empregos diretos. Isso não apenas permite a construção de um vínculo mais genuíno e significativo com esses consumidores, como a coloca como portadora de uma grande responsabilidade: continuar a perpetuar a arte e a contar a história de onde ela está inserida com a legitimidade que apenas uma marca regional poderia fazer.
Um exemplo é a marca de margarinas Deline, que possui mais de 30 anos de história no Nordeste, com sua fábrica principal instalada em Vitória de Santo Antão, e que busca constantemente fomentar a potência cultural, gastronômica e criativa da região. Além desse incentivo às manifestações culturais locais, celebrando e mantendo vivos os sabores únicos da gastronomia regional, a marca também atua em parceria com artistas e criadores de conteúdo nordestinos, como a cantora Elba Ramalho, o jornalista Caio Braz, bem como uma ampla gama de influenciadores locais, sempre com a preocupação de representar também as diferentes realidades dentro do Nordeste. Outro exemplo de iniciativa da marca é o manifesto #MeuCuscuzÉPatrimônio, inspirado na literatura de Cordel – também uma tradição local – criado com o objetivo de fomentar o orgulho desse ícone da culinária da região, que é tão querido e presente no dia a dia dos nordestinos e considerado um Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. Naturalmente, essa sinergia cultural e gastronômica tão forte também acaba se traduzindo em preferência, tornando Deline a marca mais escolhida entre as margarinas na região.
Ou seja, quando uma marca investe em cultura com responsabilidade, respeito e compromisso verdadeiro ela ajuda a dar voz e identidade à um povo, promove o orgulho e o senso de pertencimento daqueles que vivem na região, além de incentivar a inclusão, a diversidade e oportunidades de desenvolvimento. Ela se torna embaixadora de um patrimônio coletivo, contribuindo para ampliar a influência daquele local para além dos limites territoriais, gerando impactos positivos de longo prazo não só para a marca, em termos de conexão com o público e rentabilidade, mas sociais e econômicos para a população que ali vive.
É claro que isso não passa despercebido pelas marcas. Constantemente, observamos a presença de empresas em festivais, festas tradicionais, shows e eventos regionais, sejam como apoiadoras ou patrocinadoras, além de campanhas e ações que buscam conectá-las a essas manifestações culturais locais. É uma maneira não apenas de criar mais oportunidades de consumo, mas de se vincular, emocionalmente, às pessoas daquela região ao se inserir de modo mais palpável em seu cotidiano. Além disso, contribui para gerar mais visibilidade em cenários positivos e de prestígio à cultura local, criando memórias afetivas atreladas à marca.
No entanto, quando uma marca busca incorporar elementos da cultura de uma região, isso exige que ela tenha a sensibilidade de ouvir a comunidade onde está inserida e buscar contribuir de forma contínua, não apenas quando há um objetivo comercial envolvido. Afinal, a cultura representa a história, o modo de vida, crenças, valores e expressões artísticas e gastronômica da região.
O São João é um grande exemplo. Anualmente, diversas marcas participam dessa festa que é uma das mais populares do Brasil e une diferentes gerações e costumes em cidades de todo o território nacional. Entretanto, como marca, é imprescindível fazer um recorte regional ao decidir investir nessa celebração. Quando falamos do São João do Nordeste, onde está a sua origem, a festa é muito mais que uma comemoração: ela reúne a música, danças e a culinária típica nordestina, representa identidade, orgulho e memória coletiva da região e fomenta intensamente a economia local, fortalecendo o turismo e o comércio. O São João de Caruaru, em Pernambuco, por exemplo, é uma das maiores festas juninas do mundo, e reúne quase 4 milhões de pessoas todos os anos. Em 2025, a festa gerou R$ 737,6 milhões para economia local e auxiliou na criação de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com uma pesquisa da Simplex Consultoria em parceria com a Empetur. É uma tradição que não deve ser apropriada, mas alavancada como símbolo de um legado coletivo, que também contribui para o desenvolvimento socioeconômico da região.
Por isso a importância de marcas regionais investirem em tradições como essas. É uma estratégia que ganha muito mais autenticidade quando são lideradas por aquelas que têm sua origem ou produção em região específica, pois essa presença e valorização da cultura local se torna não apenas mais fácil, mas mais profunda. Ela ilustra o seu grande diferencial como marca: a maior proximidade e conexão natural com os costumes, símbolos e tradições regionais. Afinal, muitas vezes elas impactam consideravelmente o ecossistema socioeconômico da região, desde a produção de insumos até empregos diretos. Isso não apenas permite a construção de um vínculo mais genuíno e significativo com esses consumidores, como a coloca como portadora de uma grande responsabilidade: continuar a perpetuar a arte e a contar a história de onde ela está inserida com a legitimidade que apenas uma marca regional poderia fazer.
Um exemplo é a marca de margarinas Deline, que possui mais de 30 anos de história no Nordeste, com sua fábrica principal instalada em Vitória de Santo Antão, e que busca constantemente fomentar a potência cultural, gastronômica e criativa da região. Além desse incentivo às manifestações culturais locais, celebrando e mantendo vivos os sabores únicos da gastronomia regional, a marca também atua em parceria com artistas e criadores de conteúdo nordestinos, como a cantora Elba Ramalho, o jornalista Caio Braz, bem como uma ampla gama de influenciadores locais, sempre com a preocupação de representar também as diferentes realidades dentro do Nordeste. Outro exemplo de iniciativa da marca é o manifesto #MeuCuscuzÉPatrimônio, inspirado na literatura de Cordel – também uma tradição local – criado com o objetivo de fomentar o orgulho desse ícone da culinária da região, que é tão querido e presente no dia a dia dos nordestinos e considerado um Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. Naturalmente, essa sinergia cultural e gastronômica tão forte também acaba se traduzindo em preferência, tornando Deline a marca mais escolhida entre as margarinas na região.
Ou seja, quando uma marca investe em cultura com responsabilidade, respeito e compromisso verdadeiro ela ajuda a dar voz e identidade à um povo, promove o orgulho e o senso de pertencimento daqueles que vivem na região, além de incentivar a inclusão, a diversidade e oportunidades de desenvolvimento. Ela se torna embaixadora de um patrimônio coletivo, contribuindo para ampliar a influência daquele local para além dos limites territoriais, gerando impactos positivos de longo prazo não só para a marca, em termos de conexão com o público e rentabilidade, mas sociais e econômicos para a população que ali vive.