Violência sem freio Extintas desde 2020, as torcidas organizadas são o centro da violência no nosso futebol. Após mais um caso, o medo da impunidade parece alimentar um monstro
Publicação: 18/07/2025 03:00
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Atletas ficaram reféns das organizadas. Os órgãos agem na teoria, mas a prática é diferente |
Entre os crimes que podem ser investigados estão a “Invasão de Propriedade” (Art. 150 do Código Penal, que pode render detenção de 1 a 3 meses ou multa) e “Ameaça” (Art. 147 do Código Penal, detenção de 1 a 6 meses ou multa). Ontem, a sede da referida uniformizada seguiu funcionando normalmente no Centro do Recife.
A reportagem do Diario questionou a Polícia Civil se alguma investigação estaria em curso e se, com a grande quantidade de imagens disponíveis, seria possível identificar os envolvidos, mas obteve como resposta que “não há registros no sistema”. Na quarta (17), a Polícia Militar, em nota, afirmou que “o ato transcorreu de forma pacífica, sem a necessidade de intervenção policial”.
A reportagem do Diario também entrou em contato com Ministério Público de Pernambuco (MPPE), mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
Em fevereiro deste ano, uniformizadas de Sport e Santa Cruz protagonizaram uma briga antes de um clássico no Arruda. Na época, Santa Cruz, Sport e Náutico, e o MPPE firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o objetivo de romper os laços com as três torcidas organizadas mais violentas do estado.
No dia 18 de fevereiro de 2020, o TJPE determinou o encerramento das atividades da Jovem, Inferno Coral e Fanáutico, “por episódios constantes de violência, vandalismo e brigas”. Na prática, é nítido que todas elas seguem agindo. (Da Redação)