PE entre líderes de insegurança alimentar Pernambuco tem 37,5% dos domicílios com algum grau desse problema, o sétimo pior cenário do Brasil e o segundo na Região Nordeste

Aimé Kyrillos

Publicação: 26/04/2024 03:00

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre Segurança Alimentar e Insegurança Alimentar no País e entre os locais com maior nível de Insegurança Alimentar, figuram todos os estados do Norte e do Nordeste. E Pernambuco aparece na sétima posição no ranking nacional. Os dados estão do documento da PNAD Contínua, feito em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Segundo o IBGE, no final de 2023, a PNAD Contínua estimou um total de 3.596 milhões de domicílios particulares permanentes no estado. Desse total,  62,5% estavam em situação de Segurnça Alimentar, enquanto 37,5% dos domicílios particulares restantes estavam com algum grau de Insegurança Alimentar.

Entre os estados do Nordeste, Pernambuco tem 6,5% dos domicílios com níveis de “Insegurança Alimentar grave”, deixando o estado em segundo lugar, perdendo apenas para o Maranhão, que tem 8,1 % dos domicílios com a IAG. No Norte do país o Pará apresenta 9,5%, Amazonas 9,1%, Amapá 8,4%

Os três Estados da região Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) são os que apresentam menores índices de insegurança alimentar, com mais de 80% da população em situação de segurança alimentar.

O IBGE considera domicílio em situação de insegurança alimentar aquele em que seus moradores, nos últimos três meses, passaram por ao menos uma das seguintes situações: Tiveram a preocupação de que os alimentos acabassem antes de poderem comprar ou receber mais comida; Faltaram alimentos antes que tivessem dinheiro para comprar mais comida; Ficaram sem dinheiro para terem uma alimentação saudável e variada; Comeram apenas alguns poucos tipos de alimentos que ainda tinham por que o dinheiro acabou.
 
No Brasil
No quarto trimestre de 2023, dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 72,4% (56,7 milhões) estavam em situação de segurança alimentar. Essa proporção cresceu 9,1% pontos percentuais à frente da última pesquisa do IBGE a investigar o tema, em 2018, que havia encontrado 63,3% dos domicílios do país em situação de segurança alimentar.

A forma mais grave englobava cerca de 3,2 milhões de domicílios (4,1%). Os dados são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.   

A pesquisa teve como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores.

Esta é a primeira vez que a PNAD Contínua disponibiliza resultados segundo os critérios da EBIA, mas quatro divulgações anteriores do IBGE já abordaram o tema segurança alimentar segundo essa escala: os Suplementos sobre Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), que fizeram parte da PNAD em 2004, 2009 e 2013, além da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018.