Pressão para retomada da política naval Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Naval Brasileira visitou as instalações do Estaleiro Atlântico Sul, que é o maior da América Latina

Publicação: 27/04/2024 03:00

Guilherme Anjos 
Thatiany Lucena

Com o objetivo de debater a retomada da indústria naval e a importância da qualificação da mão de obra para o setor naval no Brasil, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Naval Brasileira visitou o Estaleiro Atlântico Sul, no Complexo Industrial Portuário de Suape, na sexta-feira (26). Estiveram no comando da comitiva os deputados federais Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) e o pernambucano Carlos Veras (PT), presidente e vice-presidente do colegiado.
A agenda faz parte de uma série de visitas técnicas que a Frente Parlamentar está realizando aos principais centros navais do país. Ao longo do ano de 2023, a comitiva já esteve em Rio Grande e São José do Norte (RS), Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Itajaí (SC), Maragogipe (BA) e Manaus (AM).
Ao Diario de Pernambuco, Carlos Veras destacou que o trabalho da Frente é pela retomada imediata da indústria naval após desmonte durante os governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Com a retomada do setor, diz Veras, a expectativa é de haja um aumento de empregos diretos no país.
“Já tivemos 81 mil empregos diretos na indústria, chegamos a ter quase 30 mil diretos e indiretos. Hoje, temos 900. Está se fazendo o processo de recuperação da área privada, revendo a política de conteúdo local para garantir que a Petrobras compre os navios e mande fazer aqui no Brasil, ao invés de fora”, afirmou.
Ainda de acordo com Veras, o objetivo do grupo é rever a política de conteúdo local para garantir que a Petrobras compre os navios, investindo para trazer recursos para o Brasil.
“A frente tem feito visitas a alguns estaleiros, já visitamos o do Rio de Janeiro e o do Rio Grande do Sul, e agora o de Pernambuco, que é o maior da América Latina. Viemos para conhecer in loco, falar com trabalhadores, nos reunir com a direção e trazer a Petrobras. Assinamos um conjunto de negociações para pressionar o governo, para que ocorra essa decisão política”, disse Veras.