Polêmica em torno das refinarias
Ministérios de Minas e Energia e da Economia reagem à ação judicial movida pelo Congresso, que pede a suspensão da venda de unidades da Petrobras
Publicação: 08/07/2020 03:00
Depois que as Mesas Diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados entraram com um pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir o bloqueio da venda de refinarias da Petrobras, na semana passada, os ministérios de Minas e Energia e da Economia divulgaram nota conjunta, ontem, para reforçar que a Suprema Corte decidiu favoravelmente pela alienação do controle acionário de empresas públicas e de economia mista. No entanto, o STF estipulou que, para vender a holding, é preciso autorização legislativa, obrigação que não se aplica à alienação do controle de suas subsidiárias e controladas. No requerimento apresentado pelas duas Casas Legislativas, os técnicos criticam o que consideram “privatização branca”, que seria a criação artificial de subsidiárias para vender a empresa principal aos poucos.
A nota dos ministérios explica que a decisão da Petrobras de vender parte de seus ativos de refino de petróleo “está alinhada às suas diretrizes e objetivos estratégicos e, ao mesmo tempo, coaduna com o objetivo da Política Energética Nacional de promover a livre concorrência no setor”. Em 2016, a Petrobras anunciou, no plano 2017-2021, que iria focar seus investimentos no setor de exploração e produção de petróleo. A empresa, então, passou a adotar estratégias para a promoção de política de preços de mercado e de maximização de margens da cadeia de valor.
Em abril de 2019, a Petrobras incluiu em seus projetos de desinvestimentos oito refinarias, totalizando 1,1 milhão de capacidade diária de processamento de petróleo, o equivalente a cerca de 50% do parque de refino brasileiro. As refinarias Regap, Rlam, Rnest (Abreu e Lima), Lubnor, Reman, Refap, Repar e SIX deverão ser alienadas até 2021, de acordo com o Termo de Compromisso de Cessação de Prática celebrado, em junho de 2019, entre a Petrobras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão de defesa da concorrência entendeu haver elevada concentração no segmento de refino, recomendando que a venda de ativos de refino ocorra por completo, sem participação ativa ou passiva da Petrobras; e, que se promova a concorrência regional.
“Dessa forma, os Ministérios de Minas e Energia (MME) e da Economia (ME) reforçam a necessidade de se fazer cumprir a decisão prévia do STF e apoiam o processo de transição do segmento de refino para um quadro de maior pluralidade de agentes, mais aberto e dinâmico. Os ministérios têm trabalhado para preparar o setor para essa transformação”, concluiu. (Correio Braziliense)
A nota dos ministérios explica que a decisão da Petrobras de vender parte de seus ativos de refino de petróleo “está alinhada às suas diretrizes e objetivos estratégicos e, ao mesmo tempo, coaduna com o objetivo da Política Energética Nacional de promover a livre concorrência no setor”. Em 2016, a Petrobras anunciou, no plano 2017-2021, que iria focar seus investimentos no setor de exploração e produção de petróleo. A empresa, então, passou a adotar estratégias para a promoção de política de preços de mercado e de maximização de margens da cadeia de valor.
Em abril de 2019, a Petrobras incluiu em seus projetos de desinvestimentos oito refinarias, totalizando 1,1 milhão de capacidade diária de processamento de petróleo, o equivalente a cerca de 50% do parque de refino brasileiro. As refinarias Regap, Rlam, Rnest (Abreu e Lima), Lubnor, Reman, Refap, Repar e SIX deverão ser alienadas até 2021, de acordo com o Termo de Compromisso de Cessação de Prática celebrado, em junho de 2019, entre a Petrobras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão de defesa da concorrência entendeu haver elevada concentração no segmento de refino, recomendando que a venda de ativos de refino ocorra por completo, sem participação ativa ou passiva da Petrobras; e, que se promova a concorrência regional.
“Dessa forma, os Ministérios de Minas e Energia (MME) e da Economia (ME) reforçam a necessidade de se fazer cumprir a decisão prévia do STF e apoiam o processo de transição do segmento de refino para um quadro de maior pluralidade de agentes, mais aberto e dinâmico. Os ministérios têm trabalhado para preparar o setor para essa transformação”, concluiu. (Correio Braziliense)