Engenharia de pesca em alta
UFRPE é pioneira na
oferta do curso no
Brasil, criado há 44
anos e que cresceu
com a implantação
do Ministério da
Pesca e Aquicultura
MARIANA CLARISSA
marianaclarissa.pe@dabr.com.br
Publicação: 23/11/2014 03:00
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Teles foi um dos 35 alunos do primeiro curso na UFRPE |
“Na época em que lançou o curso, o estado era pouco produtivo e, por não ter profissionais qualificados na área, constatamos que os que optassem pelo ramo se destacariam, pois seriam a chave para o desenvolvimento das atividades”, afirma o aposentado Jaime Teles, um dos 35 alunos que formaram a primeira turma de engenharia de pesca do país. Ele trabalhou em órgãos públicos, finalizando a jornada no Ibama.
Teles destaca que a profissão tem um importante papel no cultivo e proteção do meio ambiente. “Temos que ter um controle melhor da natureza, procurando preservar as águas sempre purificadas e com menos poluentes para que não haja prejuízos na produção de alimentos”, ressalta.
O Nordeste é uma das regiões que mais oferece boas perspectivas de trabalho para o engenheiro de pesca, principalmente nas áreas de aquicultura e processamento de pescado. “Hoje em dia a profissão é mais difundida, mesmo ainda existindo a falta de conhecimento sobre a área em algumas partes. Os profissionais têm mais opções de atuação que não sejam os órgãos públicos”, destaca o coordenador do curso na UFRPE, Paulo Oliveira.
Para o professor da UFRPE em Serra Talhada e representante do curso no Crea-PE, José Carlos Pacheco, no entanto, o cenário atual da pesca é caótica. Ele aponta que problemas básicos – como a falta de entrepostos de pesca e falta de condições de trabalho de qualidade – ainda dificultam a atuação do engenheiro. “É uma realidade com pontos negativos, mas que no final favorece a admissão de mais profissionais que trabalhem para melhorar a situação”, afirma.
Saiba mais - Engenharia de pesca
O curso existe desde 1970
20 instituições de ensino no país oferecem o curso
Tem como funções a supervisão, planejamento, coordenação e execução de atividades integradas para o aproveitamento dos recursos naturais aquícolas, o cultivo e a exploração sustentável de recursos pesqueiros marítimos, fluviais e lacustres e sua industrialização
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