Publicação: 21/06/2015 03:00
Consultar durante horas contas do Twitter, Facebook, Ask.fm e tumblr pode ter um grande peso. “Estamos todo o tempo vendo imagens muito inquietantes, de tudo, de decapitações a crianças mortas. Não é fácil”, diz Saltman. Alguns investigadores podem se transformar em alvos. “Pessoalmente recebi algumas ameaças de morte no Twitter,” diz Saltman.
Smith começou a trabalhar na base de dados há um ano, arquivando mensagens das mulheres que deixaram suas vidas ocidentais para se transformarem em esposas de combatentes para povoar o novo “califado”. Uma das mulheres que observam tem apenas 14 anos. “Sinto compaixão pelas mais jovens”, explica, um sentimento que por vezes desaparece à medida que se radicalizam. “Não sinto muita lástima. Mas me interessa saber o que as levou a tomar essa decisão”, acrescenta.
A investigação, conduzida em conjunto com o Centro Internacional para o Estudo da Radicalização do Kings College de Londres, é necessariamente limitada porque está centrada nas contas em inglês.
Um estudo recente dos Estados Unidos identificou pelo menos 46 mil contas no Twitter dos partidários do grupo, três quartos delas em árabe. A informação desafia a noção das ingênuas “noivas jihadistas”, porque algumas mulheres estão tão ideologicamente comprometidas tanto quanto os homens.
Mesmo sem poder lutar, as mulheres utilizam o livre acesso às mídias sociais para difundir a propaganda islamita e animar as novas recrutas. “Sabemos que o que estamos vendo é propaganda, não a realidade. Lemos muito as entrelinhas”, diz Saltman.
As mulheres sabem que estão sendo vigiadas. Se os investigadores as leem, seria absurdo pensar que os serviços de segurança não façam isso. “Mostram uma perspectiva íntima de sua vida, mas é também uma perspectiva muito consciente”, explica Saltman.
Smith começou a trabalhar na base de dados há um ano, arquivando mensagens das mulheres que deixaram suas vidas ocidentais para se transformarem em esposas de combatentes para povoar o novo “califado”. Uma das mulheres que observam tem apenas 14 anos. “Sinto compaixão pelas mais jovens”, explica, um sentimento que por vezes desaparece à medida que se radicalizam. “Não sinto muita lástima. Mas me interessa saber o que as levou a tomar essa decisão”, acrescenta.
A investigação, conduzida em conjunto com o Centro Internacional para o Estudo da Radicalização do Kings College de Londres, é necessariamente limitada porque está centrada nas contas em inglês.
Um estudo recente dos Estados Unidos identificou pelo menos 46 mil contas no Twitter dos partidários do grupo, três quartos delas em árabe. A informação desafia a noção das ingênuas “noivas jihadistas”, porque algumas mulheres estão tão ideologicamente comprometidas tanto quanto os homens.
Mesmo sem poder lutar, as mulheres utilizam o livre acesso às mídias sociais para difundir a propaganda islamita e animar as novas recrutas. “Sabemos que o que estamos vendo é propaganda, não a realidade. Lemos muito as entrelinhas”, diz Saltman.
As mulheres sabem que estão sendo vigiadas. Se os investigadores as leem, seria absurdo pensar que os serviços de segurança não façam isso. “Mostram uma perspectiva íntima de sua vida, mas é também uma perspectiva muito consciente”, explica Saltman.