Perseguição ao terror nas redes
Mulheres do Estado Islâmico são observadas em segredo por instituto que traça perfis a partir de contas nas redes sociais
Alice RITCHIE
Da France-Presse
Publicação: 21/06/2015 03:00
Londres - Em um escritório insignificante do centro de Londres, a pesquisadora Melanie Smith examina com atenção a conta no Twitter de uma britânica de 17 anos que fugiu para se unir aos militantes do Estado Islâmico. “O que estamos vendo aqui é quando anunciou a morte de seu marido”, explica Smith, mostrando uma mensagem de meses atrás que diz: “Que Alá aceite meu marido”. Na mesma conta, há vídeos de propaganda e artigos da imprensa, principalmente na época do atentado islamita contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo em janeiro, em Paris. “Vimos que difundia fotos dos ilustradores que foram assassinados e outras mensagens que celebravam os atentados”, disse Smith.
A conta é uma das várias usadas por Salma Halane, uma aluna da cidade de Manchester que fugiu para se unir ao grupo com sua irmã gêmea, Zahra, em julho de 2014. As gêmeas fazem parte de um grupo de 550 mulheres ocidentais que se uniram a esses militantes islamitas que já controlam grandes extensões de território na Síria e no Iraque.
Smith e sua colega Erin Saltman, do Instituto para o Diálogo Estratégico de Londres, elaboraram o perfil de 108 dessas mulheres a partir de suas contas nas redes sociais em um projeto inovador para entender mais sobre essas recrutas femininas. “É mais ou menos minha vida agora, é um pouco uma obsessão”,
diz Smith, uma jovem que acaba de completar 23 anos, idade próxima das muitas mulheres que estuda.
As duas acadêmicas não interagem com as mulheres, simplesmente as observam. “Somos voyeuses!”, diz, sorrindo, Saltman, de 30 anos, especialista em radicalização e extremismo violento.
A conta é uma das várias usadas por Salma Halane, uma aluna da cidade de Manchester que fugiu para se unir ao grupo com sua irmã gêmea, Zahra, em julho de 2014. As gêmeas fazem parte de um grupo de 550 mulheres ocidentais que se uniram a esses militantes islamitas que já controlam grandes extensões de território na Síria e no Iraque.
Smith e sua colega Erin Saltman, do Instituto para o Diálogo Estratégico de Londres, elaboraram o perfil de 108 dessas mulheres a partir de suas contas nas redes sociais em um projeto inovador para entender mais sobre essas recrutas femininas. “É mais ou menos minha vida agora, é um pouco uma obsessão”,
diz Smith, uma jovem que acaba de completar 23 anos, idade próxima das muitas mulheres que estuda.
As duas acadêmicas não interagem com as mulheres, simplesmente as observam. “Somos voyeuses!”, diz, sorrindo, Saltman, de 30 anos, especialista em radicalização e extremismo violento.