Caminhonete pertencente à vítima foi atingida por dois disparos, segundo policiais

Uma médica foi morta a tiros durante uma tentativa de assalto no cruzamento da Avenida Presidente Dutra com a Linha Vermelha, via expressa do Rio de Janeiro. Gisele Palhares Gouvêa, de 34 anos, foi baleada na cabeça na noite do sábado. O crime ocorreu por volta das 19 horas na altura da Pavuna, na zona norte da cidade, de acordo com a Polícia Civil, e gerou comoção nas redes sociais. Ela estava sozinha em seu carro, um Land Rover, que foi perfurado por dois disparos.

A vítima era dermatologista e diretora da Clínica da Família de Vila de Cava, em Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio. A Polícia Militar informou que foi acionada após a tentativa de roubo e encontraou Gisele ferida a tiros pelos criminosos, que fugiram. A médica foi levada pelo Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Em seu perfil no Facebook, Gisele publicou na tarde do sábado, cerca de três horas antes de ser baleada, que participou da inauguração do Centro de Reabilitação do Caiesp, em Nova Iguaçu. Não é possível que tenhamos que andar com carros blindados no Rio de Janeiro”, lamentou Renato Palhares, marido dela que é cirurgião plástico. Ele comparou a Linha Vermelha à Faixa de Gaza e disse que eles haviam cogitado blindar o veículo.

O secretário de Saúde de Nova Iguaçu, Emerson Trindade, lamentou a morte. “Esperamos que o crime seja esclarecido o mais rapidamente possível. Neste momento, nos solidarizamos com a família de Gisele, que era uma excelente profissional, dedicada, comprometida com a Saúde de Nova Iguaçu e que fará imensa falta a todos nós”, disse, em nota oficial.

O assassinato gerou revolta nas redes sociais, tanto de parentes e amigos de Gisela quando de desconhecidos, que cobram mais segurança. “Essa jovem mulher profissional cheia de sonhos e projetos se foi hoje vitima de assalto no Rio de Janeiro! O Rio não é um bom lugar p se viver; p se passear; p trabalhar! O Rio é dos bandidos!!! A violência tomou conta da cidade e cada dia tenho menos vontade de estar na capital...”, escreveu uma amiga da médica.

A morte intensificou as discussões sobre a segurança na capital carioca. No início do mês passado, Ana Beatriz Frase, de 17 anos, foi morta após ser atingida por um tiro durante um arrastão próximo à Linha Amarela, na Zona Norte. Ela morava no Espírito Santo e estava no Rio de Janeiro para fazer visita a mãe.