Sementes da China podem ser um golpe
Autoridades suspeitam da prática de "brushing", uma fraude criada para aumentar a reputação de lojas e produtos on-line com avaliações falsas
Publicação: 10/10/2020 03:00
A exemplo de vários países no mundo, o Distrito Federal e mais 24 estados brasileiros já registraram a chegada de encomendas com “sementes misteriosas” vindas da China e outros países asiáticos, desde que os pacotes não identificados começaram a chegar ao redor do globo, no fim de julho. Ainda não há evidências exatas de quando os envios começaram, mas autoridades já levantam a suspeita de que pode se tratar de um tipo de golpe.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o envio das sementes pode estar ligado a um esquema de fraude virtual chamada de brushing (algo como “varrer” ou “espalhar”, neste contexto, em inglês). Ele funciona por meio de contas falsas criadas em sites de vendas internacionais com dados furtados de usuários ao redor do mundo.
Especialista em segurança da internet, o professor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Fabrício Bortoluzzi explica que nesse tipo de fraude dados de usuários são utilizados para fazer compras em suas próprias lojas. Eles utilizam contas fantasmas para escrever boas avaliações e assim aumentar a classificação positiva dos seus produtos em sites de e-commerce.
“É importante dizer que sites de comércio eletrônico do tipo marketplace (como o Mercado Livre) não são uma única empresa responsável pela venda ao consumidor. Quando a gente vai em um site desses, os primeiros resultados a aparecer são aqueles que a plataforma mais confia. E essa confiança é montada ao longo do tempo, com base em um sucesso histórico de vendas”, detalha.
A semente, no caso, apenas cumpre a finalidade de não deixar o pacote vazio. Isso explicaria por que as autoridades até agora não encontraram sinais de tentativas de bioterrorismo. Mesmo assim, as pessoas que receberem os pacotes devem mantê-los fechados e entrar em contato com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ou entidade estadual de agricultura. (Correio Braziliense)
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o envio das sementes pode estar ligado a um esquema de fraude virtual chamada de brushing (algo como “varrer” ou “espalhar”, neste contexto, em inglês). Ele funciona por meio de contas falsas criadas em sites de vendas internacionais com dados furtados de usuários ao redor do mundo.
Especialista em segurança da internet, o professor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Fabrício Bortoluzzi explica que nesse tipo de fraude dados de usuários são utilizados para fazer compras em suas próprias lojas. Eles utilizam contas fantasmas para escrever boas avaliações e assim aumentar a classificação positiva dos seus produtos em sites de e-commerce.
“É importante dizer que sites de comércio eletrônico do tipo marketplace (como o Mercado Livre) não são uma única empresa responsável pela venda ao consumidor. Quando a gente vai em um site desses, os primeiros resultados a aparecer são aqueles que a plataforma mais confia. E essa confiança é montada ao longo do tempo, com base em um sucesso histórico de vendas”, detalha.
A semente, no caso, apenas cumpre a finalidade de não deixar o pacote vazio. Isso explicaria por que as autoridades até agora não encontraram sinais de tentativas de bioterrorismo. Mesmo assim, as pessoas que receberem os pacotes devem mantê-los fechados e entrar em contato com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ou entidade estadual de agricultura. (Correio Braziliense)