Caso Lázaro: suspeitas de rede criminosa Investigadores agora trabalham para identificar outros suspeitos de envolvimento nos delitos cometidos pelo acusado, morto na segunda-feira

Publicação: 30/06/2021 03:00

A caçada a Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, apontado como responsável pelo assassinato de uma família em Ceilândia Norte, terminou na segunda-feira (28). Após 20 dias de buscas, o criminoso morreu baleado durante um confronto com a polícia, em Águas Lindas (GO) - município a cerca de 50km de Brasília. No entanto, para o secretário de Segurança Pública do estado, Rodney Miranda, o foragido era a ponta do iceberg em um esquema criminoso. Agora, investigadores trabalham para identificar outros suspeitos de envolvimento nos delitos cometidos pelo acusado.

O chefe da pasta acredita na ação de uma quadrilha e não descarta a hipótese de participação do fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 74, preso na quinta-feira (24/6) por suspeita de ajudar o procurado na fuga. “Ele (Lázaro) é um psicopata, mas não cometia crimes só por causa da psicopatia. Agia para acobertar ou beneficiar alguém. Sabemos que, em alguns desses crimes, ele não agiu sozinho”, declarou Rodney. “Ainda temos algumas pessoas para investigar e prender. Mas o principal, que seria o empresário (Elmi Caetano), um dos líderes da organização, (e Lázaro) não são mais problemas para esta comunidade. Encerramos mais uma etapa importantíssima, porque os chacareiros e a população vão restabelecer a normalidade. Mas ainda temos mais gente para buscar”, reforçou.

Lázaro é investigado em, ao menos, oito inquéritos policiais envolvendo latrocínios - roubo seguido de morte - e homicídios. A megaoperação de busca por ele começou em 9 de junho, quando a polícia começou a investigar um triplo homicídio no Incra 9. As vítimas eram Cláudio Vidal de Oliveira, 48, assim como os filhos dele, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. (Correio Braziliense)