R$ 275 milhões de danos no Rio Grande do Sul Chuvas derrubaram pontes, destruíram calçamentos e deixaram 19 barragens em estado de atenção. Este é considerado o pior desastre da história do estado

Publicação: 04/05/2024 03:00

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) calcula que os recursos necessários para cobrir as perdas financeiras com as tempestades ocorridas nos últimos dias no Rio Grande do Sul já somam mais de R$ 275,3 milhões. No setor público, as perdas estimadas são de R$ 59,9 milhões.

Na área de infraestrutura, são estimados R$ 29,5 milhões para a reconstrução de pontes, estradas, calçamento e sistemas de drenagens urbanas. Também foram estimadas perdas no sistema de esgotamento sanitário, abastecimento de água e limpeza urbana.

Segundo a CNM, na parte habitacional, as perdas superam R$ 115,6 milhões, com 10.193 casas danificadas e/ou destruídas. No setor privado, são necessários R$ 99,8 milhões para recompor perdas na agricultura, indústria, pecuária e comércios locais.

Considerado o pior desastre da história do estado, as tempestades derrubaram pontes, destruíram calçamentos e deixaram 19 barragens em estado de atenção, além de mortos, desaparecidos, desalojados e desabrigados.

Até sexta-feira, 235 municípios gaúchos tinham sido afetados e 86 já tinham formalizados decretos de situação de emergência junto ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

PORTO ALEGRE

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pediu que moradores e comerciantes do centro e de mais cinco bairros que compõem a região do 4º Distrito da cidade evacuem a região em função da rápida subida das águas na cidade. Apesar do volume das chuvas na capital gaúcha ter reduzido, a cidade recebe dos afluentes do Lago Guaíba as águas de afluentes vindo das regiões mais castigadas do estado do Sul.

Segundo a prefeitura da cidade, a decisão pela evacuação da Região Central da cidade e dos bairros Floresta, Navegantes, Humaitá, Farrapos e São Geraldo que compõem a região do 4° Distrito na zona norte da capital gaúcha foi tomada em conjunto com Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL) e Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas).

“Esta não é a primeira enchente, mas talvez a maior desde 1941. A cada momento temos que tomar novas decisões e hoje estamos fechando o comércio do Centro e 4° Distrito. O Mercado Público já está fechado desde às 10h, assim como as unidades de saúde do Centro. Os portões estão sendo vistoriados, mesmo assim temos problemas de vazamento de água’’, disse Melo. (Agência Brasil e Correio Braziliense)