Chacina completa um mês ainda sem prisões
Na madrugada do dia 12 de janeiro, bandidos armados invadiram uma casa em Nova Descoberta e executaram 7 homens. Vingança é motivação mais provável
Mareu Araújo
Publicação: 12/02/2025 03:00
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De acordo com a investigação, nem todas as vítimas eram alvos diretos dos criminosos |
Uma possível retaliação por um homicídio, ligado à disputa por pontos de tráfico de drogas, pode ter causado a chacina de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife, que terminou com sete mortos há exatamente um mês. Nenhum responsável pelo ataque foi preso até o momento.
O Diario de Pernambuco apurou que a Polícia Civil investiga a ligação entre a chacina e o assassinato, que foi registrado no mês anterior, em 6 de dezembro, no Córrego do Joaquim, no mesmo bairro. A vítima era do sexo masculino, foi morta a tiros e seria integrante de um grupo criminoso local. O suspeito desse homicídio foi preso temporariamente.
A principal hipótese do inquérito é que a morte tenha desencadeado um ato de vingança. Na madrugada do dia 12 de janeiro, bandidos armados invadiram uma casa na Rua Alto do Reservatório e abriram fogo contra homens que estavam bebendo e usando drogas, segundo a Polícia Civil.
De acordo com a investigação, nem todas as vítimas eram, de fato, alvos diretos dos criminosos. Duas delas tinham antecedentes criminais – uma por homicídio e outra por estupro.
“Segundo colaboradores da investigação, eles eram pessoas que trabalhavam e se reuniam naquele imóvel para consumir drogas”, comentou o delegado Ivaldo Pereira, diretor da Diretoria Integrada Especializada (Diresp), no dia seguinte à chacina.
“Como os autores chegaram lá e encontraram alguns, eles resolveram matá-los, em uma queima de arquivo. Foi um crime brutal”, disse.
Três mortos eram da mesma família. Valdeci Sebastião da Silva, de 51 anos, o irmão dele, Cláudio José da Silva, de 43, e o filho Luiz Fernando da Silva Barbosa, de 25.
Os outros assassinados foram Silvânio José da Silva, de 36 anos; José Carlos Gomes Bezerra, de 37; Luiz Herculano Alves Filho, de 40, e Cleiton José Bento, de 41 anos.
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Autoria ficou apenas na suspeita