Pandemia da Covid-19 completa cinco anos Primeiro caso no país foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020, em São Paulo. Neste ano de 2025, já foram notificados 664 óbitos em todo o país

Publicação: 12/03/2025 03:00

Brasil tem mais 715 mil mortes registradas e mais de 39 milhões de casos confirmados (PEU RICARDO/ARQUIVO DP)
Brasil tem mais 715 mil mortes registradas e mais de 39 milhões de casos confirmados

Em 11 de março de 2020, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, anunciou que o mundo estava em pandemia de covid-19, por causa da ampla distribuição geográfica da doença no planeta. Na época, o Brasil tinha 52 casos confirmados da doença. O primeiro caso no país foi confirmado em 26 de fevereiro, em São Paulo. Cinco anos depois da decretação da pandemia, o Brasil tem mais de 39 milhões de casos confirmados e mais de 715 mil mortes. Neste ano já foram registrados 664 óbitos no país.

A crise sanitária exigiu que os países preparassem os hospitais para atender os pacientes, que os empregadores e os trabalhadores adaptassem o modelo de trabalho — incluindo a interrupção temporária de atividades não essenciais e home office, e que as pessoas passassem a incluir na rotina hábitos como higienização frequente das mãos e uso de máscaras.

O infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Anchieta, Henrique Lacerda, pontua que a pandemia destacou a relevância da ciência na resposta a crises de saúde pública. “Observou-se um aumento na valorização das vacinas, com maior adesão às campanhas de imunização e reconhecimento de sua importância na prevenção de doenças graves. Entretanto, o período também foi marcado pelo crescimento do movimento antivacina, o que gerou desafios para as autoridades de saúde na conscientização da população sobre a necessidade da imunização”, afirma o especialista.

Ainda segundo o infectologista, embora a situação tenha melhorado, a covid-19 ainda está presente e a manutenção dos cuidados é essencial para prevenir novas infecções. “Alguns hábitos que poderiam ter se consolidado não se mantiveram ao longo do tempo. O uso contínuo de máscaras por pessoas com sintomas gripais, por exemplo, poderia ter sido incorporado como uma prática rotineira”, frisa. (Correio Braziliense)