Abin só teve certeza de ataque no dia 8/1
Em depoimento, o ex-diretor Saulo Moura da Cunha disse que o plano dos golpistas só foi confirmado no dia da invasão da Esplanada
Publicação: 28/05/2025 03:00
O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência Saulo Moura da Cunha disse ontem, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o órgão só teve certeza da ida de manifestantes à Esplanada dos Ministérios no próprio 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro depredaram as sedes dos Três Poderes.
Cunha prestou depoimento como testemunha de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, na ação penal sobre um golpe de Estado, que teria sido tentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.
Ele relatou que a Abin emitiu alertas sobre manifestações convocadas para o 8 de janeiro a partir do dia 2, mas que somente teve certeza de que os manifestantes seguiriam para a Esplanada dos Ministérios no próprio dia dos atos, depois de uma espécie de assembleia realizada no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
O ex-diretor disse que a Abin alertou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre o rumo tomado pelos apoiadores de Bolsonaro, mas não soube responder se as informações foram repassadas para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, então chefiada por Anderson Torres, e responsável pela proteção aos prédios públicos.
PLANO
Já a coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Cíntia Queiroz disse em seu depoimento, também ontem, que se o planejamento de segurança tivesse sido seguido, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 não teriam ocorrido. Ela também foi convocada como testemunha de defesa de Torres. Em 8 de janeiro, o ex-ministro era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava de férias nos Estados Unidos. A coronel era subsecretária de operações.
Durante a oitiva, Cíntia disse que o plano elaborado previa a chegada de cerca de 2 mil pessoas em caravanas e definiu que os manifestantes não poderiam entrar na Esplanada dos Ministérios. Perguntada se as invasões teriam ocorrido se o plano tivesse sido cumprido, ela respondeu negativamente. (Agência Brasil)
Cunha prestou depoimento como testemunha de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, na ação penal sobre um golpe de Estado, que teria sido tentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.
Ele relatou que a Abin emitiu alertas sobre manifestações convocadas para o 8 de janeiro a partir do dia 2, mas que somente teve certeza de que os manifestantes seguiriam para a Esplanada dos Ministérios no próprio dia dos atos, depois de uma espécie de assembleia realizada no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
O ex-diretor disse que a Abin alertou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre o rumo tomado pelos apoiadores de Bolsonaro, mas não soube responder se as informações foram repassadas para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, então chefiada por Anderson Torres, e responsável pela proteção aos prédios públicos.
PLANO
Já a coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Cíntia Queiroz disse em seu depoimento, também ontem, que se o planejamento de segurança tivesse sido seguido, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 não teriam ocorrido. Ela também foi convocada como testemunha de defesa de Torres. Em 8 de janeiro, o ex-ministro era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava de férias nos Estados Unidos. A coronel era subsecretária de operações.
Durante a oitiva, Cíntia disse que o plano elaborado previa a chegada de cerca de 2 mil pessoas em caravanas e definiu que os manifestantes não poderiam entrar na Esplanada dos Ministérios. Perguntada se as invasões teriam ocorrido se o plano tivesse sido cumprido, ela respondeu negativamente. (Agência Brasil)