Unidade do Senai está sendo implantada no terreno da antiga oficina da Rede Ferroviária

Omunicípio de Jaboatão dos Guararapes vai ganhar uma Escola de Ferrovia. Trata-se de um das unidades de treinamento a serem implantadas na futura unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) na cidade. A ideia é que profissionais do setor ferroviário sejam capacitados para futuras demandas da atividade no estado, principalmente na Ferrovia Transnordestina. O movimento, por sinal, é uma mobilização nacional, pleito dos sindicatos dos ferroviários. Serão oito cursos para o setor.

A ideia foi tratada com participação da Transnordestina Logística (TLSA), empresa responsável pela implantação dos 1.753 quilômetros de trilhos ligando o cerrado do Piauí até os portos de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco. A previsão do Senai é iniciar as capacitações no fim de 2015, um ano antes da previsão de entrega da Transnordestina pelo governo federal. “A demanda por profissionais ainda está sendo apurada para fecharmos o quantitativo de turmas de treinamento. Mas a maioria dos cursos terá foco na educação continuada, de 300 a 600 horas”, explica o diretor da escola técnica de Água Fria, Xistófanes Luna.

O Senai Jaboatão será um polo educacional voltado para setores como infraestrutura, mas também para meio ambiente, saúde e segurança, máquinas pesadas e gráfica A estrutura do centro de educação profissional contará com 28 salas de aula, 42 laboratórios e oficinas, além de auditório para 432 lugares, quadra poliesportiva, pátio para a prática de máquinas pesadas, entre outros. Ao todo, estão sendo investidos no projeto R$ 25 milhões, em um terreno de mais de 30 mil metros quadrados. No total serão 17,2 mil metros quadrados de área construída.

O local onde está sendo implantada a unidade é o terreno da antiga oficina da Rede Ferroviária, que a União passou para a Prefeitura de Jaboatão e que a gestão municipal passou para o Senai. “É um prédio amplo, histórico e por isso possui partes que serão preservadas e mantidas no acervo, como algumas máquinas usadas no antigo prédio”, destaca o diretor. Segundo Luna, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem acompanhado a construção. “Algumas estruturas foram mantidas e, em vez de reformas, foram inseridos contêineres dentro do local para montagem de salas equipadas.”

Saiba mais

Cursos no setor ferroviário a serem oferecidos

Com duração de 300 a 600 horas:

Eletricista de manutenção ferroviária

Mantenedor de via permanente

Agente de estação ferroviária

Maquinista

Auxiliar de maquinista

Mecânico de manutenção ferroviária

Operador de manobra

Com duração de 1.200 horas:

Técnico de manutenção mecânica ferroviária

Fonte: Senai