Olinda volta a ser opção para o varejo Cidade vem atraindo lojas e transformando seu moradores em novos consumidores. Crescimento na economia do município é que estimula inaugurações

THATIANA PIMENTEL
thatianapimentel.pe@dabr.com.br

Publicação: 04/01/2015 03:00

Pizzaria Domino%u2019s, franquia com mais de 60 lojas, abriu uma unidade em Olinda (EDVALDO RODRIGUES/DP/D.A PRESS)
Pizzaria Domino%u2019s, franquia com mais de 60 lojas, abriu uma unidade em Olinda
Olinda está deixando para trás a imagem de cidade dormitório e passando a oferecer um mix de serviços e produtos suficientes para transformar seus moradores em consumidores. O aumento do número de empresas de varejo na cidade fica evidente com o crescimento econômico de 2014, estimado em 7%. Basta andar rapidamente por Casa Caiada ou Bairro Novo para identificar novos pontos comerciais como a farmácia Dograsil, o supermercado Styllus e a Pizzaria Domino’s, franquia com mais de 60 unidades em todo o país. Para culminar a ascensão econômica, o município fechou contrato com o grupo TendTudo, que irá inaugurar no fim de 2015 uma megaloja de 10 mil metros quadrados no bairro do Bultrins, bem às margens da Pan Nordestina. Além disso, nomes como Entre Amigos, Sal e Brasa e supermercados Bonanza já estão na fila de espera de um endereço olindense.

“O ano (2014) começou difícil com a Copa do Mundo e as eleições, mas tivemos um último trimestre muito bom, com a chegada de muitos empreendimentos. A TendTudo veio para deixar o cenário ainda mais interessante, pois irá aquecer o comércio do bairro inteiro. Além disso, em 2017, teremos a inauguração do Shopping Patteo que trará 355 lojas para a cidade”, detalha Francisco Soares, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Olinda. Segundo ele, a cidade tem atraído principalmente franquias. “As grandes redes conseguem visualizar o potencial de Olinda”, ressalta.

O secretário executivo de Desenvolvimento Econômico de Olinda, José Ramos de Andrade, concorda e acredita que este é o momento ideal para a cidade sair da sombra do Recife. “Somos uma cidade com 400 mil habitantes que, com a falta de mobilidade, estão evitando grandes deslocamentos e temos uma taxa de Imposto Sobre Serviços (ISS) menor do que a capital pernambucana, variando de 1,8% a 3%, a depender do setor. No Recife, o ISS varia de 2% a 5%. Todos os ingredientes para o desenvolvimento estão aí”, afirma. Andrade comenta, porém, que há escassez de grandes espaços nos bairros centrais da cidade. “O Entre Amigos, o Sal e Brasa e a rede de supermercados Bonanza, de Caruaru, já nos procuraram interessados em abrir grandes unidades em Olinda, mas ainda não conseguimos encontrar bons pontos. Vamos trabalhar em 2015 para concretizar esses e novos empreendimentos.”