ENTREVISTA >> ANTONOALDO NEVES, PRESIDENTE DA AZUL » "Não dá para ficar parado"

Publicação: 17/02/2016 03:00

 (JULIO JACOBINA/DP)
Qual a estrutura necessária para operação do centro de conexões?
Não acreditamos no modelo onde se investe em infraestrutura para depois colocar o voo. Isso termina criando um elefante branco. O que precisamos é garantir que o investimento ande junto com a demanda. Não adianta eu pedir novas pontes de embarque, por exemplo. Em Viracopos (Campinas) eu opero sem nenhuma ponte de embarque e possuo 180 voos lá. Não é razoável em um momento de restrição de receita exigir coisas que só fazem o projeto ficar inviável.

Por que investir em um projeto desse em um momento de retração econômica?
Não dá para ficar parado. Tem que olhar para a crise e enfrentar. Não tem muitos segredos. Vemos um estado com uma dinâmica industrial e de serviços muito boa e estamos apostando. Neste momento de crise econômica, estamos apostando no Recife como uma válvula de escape.

Como se deu a escolha por Pernambuco?
A Azul acredita no poder de conexão. Hoje temos operações de alta densidade de conexões em São Paulo (Viracopos), Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Goiânia, Manaus e Belém. São cidades onde a intensidade de conexões cresce muito. É a nossa aposta. Por outro lado, o acordo de redução de ICMS no abastecimento de querosene de aviação para a empresa é essencial porque senão o projeto não seria viável. Este é nosso maior custo.