Operação de cargas deve crescer

Publicação: 17/02/2016 03:00

O início da operação do hub da Azul no Nordeste abre novas oportunidades também no transporte de cargas. Os projetos começam a ser tocados junto com as novas rotas. Segundo o presidente da Azul Linhas Aéreas, Antonoaldo Neves, a companhia fechou recentemente um contrato com a Samsung para transporte de mercadorias. Os produtos sairão de Manaus, irão para Campinas e, em seguida, para o Recife.

“Temos uma expectativa muito grande da carga aqui. Dedicamos um Airbus 330 para esta operação. Então, eu estou com um porão disponível para fazer este processo. Mas, vale ressaltar, que não existe carga sem passageiro. É uma operação que matura ao longo do tempo”, afirmou Neves. Segundo ele, a capital pernambucana tem investido muito em ser um centro de distribuição e logística, o que contribui para o aumento no transporte de cargas.

“Você não constrói um hub de cargas no vazio. Você tem que ter uma cidade com uma característica de distribuição, como o Recife possui. Por isso queremos consolidar isso aqui. Depois que a cidade já possui algum centro de distribuição em algum volume, você coloca o centro de conexão de passageiros. A carga predominantemente vai na barriga do avião de passageiro. Então, no terceiro passo é que você pensa no cargueiro. Apostamos muito em cargas no Recife”, enfatizou o presidente da companhia.

Apesar dos planos de expansão no Aeroporto do Recife, em outras praças, a Azul está reduzindo a operação. Recentemente, a empresa devolveu 20 aeronaves, cortando 70% da capacidade operacional. Segundo Neves, em alguns aeroportos como Guarulhos, as rotas saíram de 55 voos diários para menos de 30. “Hoje terei mais voos no Recife do que em Guarulhos. No fundo, tudo representa oportunidade. O hub não vai acontecer do dia para a noite. Levamos sete anos para chegar onde estamos em Campinas, nossa maior operação.”