Banda larga fixa pode ter limite
Presidente da Anatel afirma que era da internet ilimitada acabou. Agência deu prazo de 90 dias às operadoras para informações aos usuários
Da Folhapress
Publicação: 19/04/2016 03:00
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Resende diz que oferta deve se adequar à realidade |
Ontem, a Anatel publicou uma medida cautelar obrigando as empresas a levar à Anatel um plano de comunicação com os usuários para informá-los das franquias, esgotamento de pacotes e mudança de contratos. Somente 90 dias após a aprovação do plano é que as companhias poderão começar as limitações típicas das franquias.
Nesse modelo, o usuário contrata um volume de dados e a velocidade de conexão. Quando acabam os megabites do pacote, a operadora suspende o serviço ou diminui a velocidade de conexão. Segundo a agência, só precisarão apresentar esse plano as companhias que pretendem adotar esse modelo. “A oferta tem que ser aderente à realidade”, diz Resende. “Nem todos os modelos cabem a ilimitação total do serviço, porque a rede não suporta”, complementa.
Resende explica que o uso de dados cresceu rapidamente nos últimos anos. A principal explicação está no uso de serviços de transmissão de vídeos, como YouTube e Netflix, e jogos online. “Essa questão do ‘infinito’ acabou educando mal o usuário”, afirma o presidente da Anatel.
As principais empresas do setor já estão mudando para o modelo de franquias. Nos novos contratos da Vivo e da NET, consta a previsão do volume de dados que pode ser utilizado. TIM, Oi e Algar, concorrentes menores no serviço de banda larga fixa, ainda vendem contratos de internet ilimitada.
Na última quinta-feira, o ministro das Comunicações, André Figueiredo, exigiu medidas da Anatel para que as empresas cumpram os contratos firmados com os usuários. O Ministério das Comunicações temia que as empresas começassem a aplicar as franquias sem alertar os consumidores. Nas redes sociais, usuários fazem campanha para tentar impedir que as empresas limitem o acesso.
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