Marcas pernambucanas na vitrine da Olimpíada
Empresas locais de vários segmentos foram selecionadas para o Chama Empreendedora, no Rio
THATIANA PIMENTEL
thatianapimentel.pe@dabr.com.br
Publicação: 26/07/2016 03:00
Bruno e Bárbara apostam no sucesso das peças entre os turistas durante os jogos |
Os nomes pernambucanos selecionados para o projeto são a Biológicos, Cachaça Sanhaçu, Dona Rosa (calçados), Fátima Rendas, Kook Temperos, Normix (cosméticos), Rishon Cosméticos, Studio Lama (acessórios), Tita Araújo (decoração), Vista Fera, Patta (moda praia e fitness) e Maria Donata (moda feminina). Todas farão parte da exposição e dos catálogos e terão a possibilidade de participar de rodadas de negócios durante o evento. Bruno Barreto, que junto com as irmãs Bárbara e Thaís, comanda a Maria Donata, acredita que a exposição é uma oportunidade única para os pequenos empresários do mercado.
“Trabalhamos com produção e estampas próprios e tudo genuinamente pernambucano. Não tenho dúvidas que isso vai atrair muitos turistas e empresas de fora. Geralmente, no Brasil, quem exporta é o grande e, por isso, essa é uma chance da gente mostrar que fazemos moda com conteúdo e qualidade”, comenta o empresário, que enviou vestidos, macaquitos, blusas, saias, shorts e calças para o showroom. Eles têm uma loja física na Avenida Conde da Boa Vista e vendem online através do http://mariadonata.com.br/.
A empreendedora Patrícia Pimentel e seu sócio e marido Henrique Brito, donos da Patta, loja de confecções moda praia e fitness, feminina e infantil, também esperam fechar negócios com ajuda da Chama Empreendedora. “A gente tem um comércio eletrônico (http://www.patta.com.br/) e já começamos a exportar. Trabalhamos com a Suíça, França e Estados Unidos, só que, até agora, temos comercializado apenas em Miami e queremos entrar na Califórnia. Quem sabe com o catálogo e o showroom, conseguimos?”, questiona Patrícia. Ela defende as produções da Patta, que são 70% feitas dentro da empresa e 30% em comunidades do Jordão e de Jaboatão dos Guararapes. “Estamos há apenas dois anos no mercado mas já comercializamos até três mil peças por mês. Temos convicção que teremos negócios fechados.”
Margarida Collier, gestora de Projetos de Internacionalização de Pequenas Empresas do Sebrae, vibra com a participação pernambucana na Olimpíada de 2016. “Essa é uma vitrine do Brasil para o mundo e uma oportunidade para a gente mostrar nossa potencialidade. Todas as empresas participantes provaram ter fôlego e estrutura para exportar e, com esse incentivo, elas terão mais atenção que nunca”, reforça. Ela enfatiza que pelo menos 50% das marcas participantes já passaram pelo projeto de exportação do Sebrae, o Passaporte para a Exportação. E, vale ressaltar, a vitrine também pode abrir os caminhos para a participação de empresários brasileiros nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020, no Japão.