Economia dá sinais de melhora
Apesar do início de recuperação do PIB pernambucano, indicador de 2016 deve fechar em queda de 3,3%, acompanhando o índice nacional de -3,4%
ROSA FALCÃO
rosafalcao@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 21/01/2017 03:00
A economia pernambucana começou a respirar no terceiro trimestre do ano, mas o Produto Interno Bruto (PIB) deverá fechar o ano de 2016 com queda de 3,3% contra -3,4% do Brasil. O desempenho positivo de 0,4% de janeiro a setembro foi puxado pelo crescimento de 2,3% da atividade industrial, impulsionada pela produção de veículos do Polo Automotivo do Grupo FCA (Fiat Chrysler Automóveis Brasil), localizado em Goiana. Por outro lado, a recessão atingiu em cheio o setor de serviços, provocando a retração de 10,9% nas vendas do comércio no trimestre. A agropecuária apresentou leve recuperação de 0,3%. A Agência Condepe-Fidem estima que o PIB de Pernambuco cresça 1,5% em 2017.
Até setembro de 2016, a soma das riquezas produzidas em Pernambuco foi de R$ 40,6 bilhões. O presidente da Agência Condepe-Fidem, Flavio Guimarães Figueiredo Lima, considera positivo o crescimento da economia pernambucana no terceiro trimestre de 2016, comparado ao trimestre anterior. “Chegamos ao fundo do poço, a recuperação existe, é lenta, mas a base da economia pernambucana está em outro patamar. Fechamos 2016 com R$ 1,5 bilhão de investimentos.” Quando se compara ao mesmo trimestre de 2015, o PIB encolheu 1,5% e desceu ladeira abaixo fechando com queda de 4,8% nos últimos 12 meses, abaixo de do desempenho do Brasil de - 4,4%. No acumulado do ano, a queda foi de 4,3% contra - 4,0% do país.
Desde o quarto trimestre de 2015, o PIB estadual dava sinais de falência, aprofundado a queda de 8,1% no primeiro trimestre de 2016. Os novos motores da economia pernambucana – indústria naval, refinaria e Polo Petroquímico –, localizados no Porto de Suape, foram solapados pela Operação Lava-Jato, que suspendeu a construção de navios e da segunda unidade de produção da Abreu e Lima. Outra atividade econômica importante para a geração de emprego e renda, a construção civil, despencou 4,3%, com a paralisação das obras públicas e de novos investimentos imobiliários.
Agora é levantar a poeira e dar a volta por cima. Figueiredo destacou a importância da diversificação da economia estadual e o potencial de geração de riquezas do Polo Automotivo da FCA, na Mata Norte. Segundo ele, o governo vai investir para melhorar a mobilidade e o escoamento da produção de automóveis de Goiana para Suape. A sua expectativa é que o PIB estadual feche 2016 com retração de 3,3%, mas acelere a recuperação iniciada no terceiro trimestre e cresça 1,5% em 2017, acima de 0,4% previsto para o Brasil.
O economista Écio Costa concorda que o pior já passou para a economia pernambucana. “Ainda não se pode falar em recuperação, mas é como sair do fundo do poço. O ritmo dessa queda desacelerou entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2016, gerando uma expectativa interessante para 2017.” Ele considerou importante a recuperação da indústria de transformação, mas destacou a queda do setor de serviços, que representa 78,8% das riquezas produzidas no estado. O comércio encolheu 14% no acumulado do ano de 2016.
“Pernambuco poderá ter a recuperação melhor do que o país em 2017, mas vai depender de variáveis, como investimentos, a retomada da confiança e de o consumidor contratar novos serviços.”
Em queda
Produto Interno Bruto de Pernambuco (PIB)
Até setembro de 2016, a soma das riquezas produzidas em Pernambuco foi de R$ 40,6 bilhões. O presidente da Agência Condepe-Fidem, Flavio Guimarães Figueiredo Lima, considera positivo o crescimento da economia pernambucana no terceiro trimestre de 2016, comparado ao trimestre anterior. “Chegamos ao fundo do poço, a recuperação existe, é lenta, mas a base da economia pernambucana está em outro patamar. Fechamos 2016 com R$ 1,5 bilhão de investimentos.” Quando se compara ao mesmo trimestre de 2015, o PIB encolheu 1,5% e desceu ladeira abaixo fechando com queda de 4,8% nos últimos 12 meses, abaixo de do desempenho do Brasil de - 4,4%. No acumulado do ano, a queda foi de 4,3% contra - 4,0% do país.
Desde o quarto trimestre de 2015, o PIB estadual dava sinais de falência, aprofundado a queda de 8,1% no primeiro trimestre de 2016. Os novos motores da economia pernambucana – indústria naval, refinaria e Polo Petroquímico –, localizados no Porto de Suape, foram solapados pela Operação Lava-Jato, que suspendeu a construção de navios e da segunda unidade de produção da Abreu e Lima. Outra atividade econômica importante para a geração de emprego e renda, a construção civil, despencou 4,3%, com a paralisação das obras públicas e de novos investimentos imobiliários.
Agora é levantar a poeira e dar a volta por cima. Figueiredo destacou a importância da diversificação da economia estadual e o potencial de geração de riquezas do Polo Automotivo da FCA, na Mata Norte. Segundo ele, o governo vai investir para melhorar a mobilidade e o escoamento da produção de automóveis de Goiana para Suape. A sua expectativa é que o PIB estadual feche 2016 com retração de 3,3%, mas acelere a recuperação iniciada no terceiro trimestre e cresça 1,5% em 2017, acima de 0,4% previsto para o Brasil.
O economista Écio Costa concorda que o pior já passou para a economia pernambucana. “Ainda não se pode falar em recuperação, mas é como sair do fundo do poço. O ritmo dessa queda desacelerou entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2016, gerando uma expectativa interessante para 2017.” Ele considerou importante a recuperação da indústria de transformação, mas destacou a queda do setor de serviços, que representa 78,8% das riquezas produzidas no estado. O comércio encolheu 14% no acumulado do ano de 2016.
“Pernambuco poderá ter a recuperação melhor do que o país em 2017, mas vai depender de variáveis, como investimentos, a retomada da confiança e de o consumidor contratar novos serviços.”
Em queda
Produto Interno Bruto de Pernambuco (PIB)
- 0,4%: 3º trimestre/2016 – trimestre anterior
- -1,5%: 3º trimestre/2016
- -4,8%: 3º trimestre 2015
- -4,3%: Últimos 2 meses Acumulado ao longo do ano
- Agropecuária: -5,1%
- Indústria: 2,9%
- Serviços: -2,1%
Saiba mais...
Indústria de transformação alcança um outro patamar