Startups chegam a vários segmentos Mapeamento indica presença das empresas em educação, saúde, games, cinema, construção civil, energias renováveis, sistema financeiro e moda

THATIANA PIMENTEL
thatiana.pimentel@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 05/05/2017 03:00

Educação, saúde, games, cinema, construção civil, energias renováveis, sistema financeiro e moda. Segundo os organizadores da Manguez.al, comunidade empreendedora de tecnologia de Pernambuco, esses são os setores que estão em crescimento dentro do ecossistema de startups locais. Os segmentos foram divulgados ontem durante o Mangue.bit 2.0, maior evento colaborativo de empreendedorismo e tecnologia do Nordeste brasileiro. Este ano, o encontro reuniu quase 500 empresários, estudantes e nomes de destaque do setor no estado, como Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, Silvio Meira, presidente do conselho do Porto Digital, e Teco Sodré, da Ikewai.

Outro dado revelado no evento é que as indústrias locais estão se transformando em público consumidor potencial para novos empreendedores. E cadeias produtivas tradicionais do estado, como fruticultura e confecções, também estão buscando inovar em seus negócios. A avaliação foi resultado de um mapeamento do Manguez.al com 123 empreendimentos pernambucanos. O estudo, para Ed Dantas, um dos coordenadores do evento, gestor em inovação da CMTech, pode ajudar novos empreendimentos. “O Manguez.al tem como objetivo compartilhar contatos e conhecimento. Nossa ideia principal é que é mais fácil desenvolver um negócio com alguém que eu confio, então, aproximamos os atores do mercado de tecnologia”, detalha. Segundo Dantas, a base do ecossistema local é ser inclusivo, e qualquer empreendedor pode participar, contanto que trabalhe com processos inovadores e tecnologia. “Além desse encontro anual, temos encontros semanais, todos abertos e divulgados nas nossas redes sociais”, completa.

Hoje, o grupo fixo do Mangez.al já reúne 600 empresários. Um deles é Filipe Marques, organizador geral do Mangue.bit 2.0 e um dos gestores da Triaxis Capital. Para ele, um dos pontos focais de novos empreendedores deve ser a indústria local. “Atualmente em Pernambuco há muito pouca tecnologia nos parques industriais. O custo de produzir acaba ficando alto e, em tempos de crise, obriga muitos a fecharem as portas. As pessoas culpam os trabalhadores pelo alto custo da empresa, mas os processos é que estão ultrapassados e ineficientes”, acredita.

Além das indústrias, ele percebe boas oportunidades em Petrolina, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru. “Quem quer abrir uma startup, hoje, tem que pensar qual problema essas cadeias produtivas apresentam. Nós temos, de um lado, uma indústria e um varejo muito antiquados e, do outro, um monte de gente boa se formando e querendo empreender. O que falta e o que estamos buscando na Manguez.al é juntar essas duas pontas e fazer a economia do estado decolar novamente”, detalha. Para entrar no grupo, vale acessar o http://manguez.al/.