BANCOS » Tecnologia promete otimizar tempo

SÁVIO GABRIEL
enviado especial
savio.gabriel@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 15/06/2017 03:00

São Paulo - Caixas eletrônicos inteligentes, agências bancárias virtuais, pagamento via QR-Code, sensores biométricos que identificam a veia da palma da mão dos usuários. Essas foram algumas das novidades apresentadas na 27ª edição da Ciab Febraban, evento que reuniu representantes do setor de tecnologia para apresentar as tendências e soluções desenvolvidas exclusivamente para o mercado bancário e financeiro. O evento teve como tema principal a expressão “Ser Digital”, e nesse cenário ainda há muito potencial a ser explorado no país.

Esperar de 10 a 15 dias úteis para receber um cartão de crédito em caso de abertura de conta ou perca do cartão antigo é um procedimento que pode estar com os dias contados. Desenvolvido pela Saque e Pague, a agência virtual é uma das tendências do setor, sendo uma realidade para os correntistas do BanPará (Banco do Estado do Pará). “A principal função é substituir as agências físicas. Através dela é possível fazer todos os procedimentos que são realizados atualmente”, explica João Paulo de Oliveira, diretor comercial da empresa. O sistema funciona basicamente por meio de um caixa eletrônico dotado de tecnologia que permite que haja até videoconferência entre o cliente e o funcionário do banco para esclarecer possíveis dúvidas.

Depois da biometria dos dedos, a bola da vez são as biometrias de voz ou face. Especializada em automação bancária, a OKI Brasil traz ao mercado equipamentos dotados de biometria facial de dois tipos: uma equipada com a tecnologia Face-tracking, que acompanha o usuário durante toda a operação, e outra na qual uma câmera especial é utilizada para fazer um reconhecimento 3D do rosto do correntista. “Também apostamos nos ATMs (caixas eletrônicos) recicladores”, explica Alexandre Barbosa, coordenador de comunicação da OKI.

Na prática, segundo ele, os equipamentos otimizam os custos com transporte dos bancos, já que as cédulas utilizadas para depósito também estarão disponíveis para operações de saque. “Dos 185 mil caixas eletrônicos em operação no país, no ano passado, menos de 1% eram recicladores. A tendência é de que com o passar do tempo e a necessidade de renovação dos equipamentos, as unidades convencionais passem a ser gradativamente trocadas pelas mais modernas”, explica. Segundo estimativa da OKI, caso metade dos atuais caixas eletrônicos fossem recicladores, a quantidade de dinheiro circulando nos equipamentos diminuiria em até R$ 2,2 bilhões ao ano, já que não seriam necessários tantos reabastecimentos.