CHESF » Sindicato contra a privatização

Publicação: 17/08/2017 03:00

Diante da possibilidade de privatização da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb), que representa os 2,2 mil servidores da empresa no estado, intensificou as articulações para manter a companhia sob administração pública. O principal argumento é de que, caso a Chesf seja entregue à iniciativa privada, o preço final da energia para o consumidor pode aumentar.

A preservação do Rio São Francisco também está em xeque, na avaliação dos sindicalistas. “A Chesf não é uma empresa somente de geração de energia, mas que auxilia no desenvolvimento técnico da nossa região e é responsável pelo rio”, explicou José Gomes Barbosa, presidente do sindicato. Os esclarecimentos foram dados durante visita de integrantes da diretoria da entidade ao Diario, onde foram recebidos pelo vice-presidente do jornal, Maurício Rands.

Diretor de assuntos intersindicais, Fernando Neves destacou que a mudança na forma de remuneração da Chesf ajudaria a companhia a desenvolver melhor suas atividades. “Cada megawatt hora é revertido em R$ 16 para a estatal, enquanto o preço total (cobrado pelo governo) é de R$ 88”, explicou. Ele defende que a empresa receba o valor cheio para desenvolver, de maneira satisfatória, ações em prol do Rio São Francisco. “O custo com a revitalização do rio é de R$ 2 bilhões ao ano. Se a política de remuneração mudasse, o valor recebido seria suficiente para fazer esse custeio”, acrescentou.

Vários encontros estão agendados para discutir o tema: no dia 23 haverá uma audiência pública na Câmara do Recife; no dia 24, um ciclo de palestras na sede da Chesf, e no dia 11 de setembro outra audiência será realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco.