Diario econômico

Rochelli Dantas - interina
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Publicação: 03/10/2017 03:00

Atenção, brasileiros!

Utilizar do argumento de que a conta de luz deve subir pelos próximos 30 anos, caso haja a privatização do sistema elétrico brasileiro, pode parecer apenas um exagero. Mas é uma estratégia de despertar o interesse da população para o assunto. Uma tentativa de ampliar o debate, já que, até agora, o governo federal pouco ouviu dos argumentos dos que estão do lado oposto da proposta.  Por isso esse foi o tom adotado em encontro realizado ontem entre todos que militam na defesa da Chesf.  De agora em diante, o objetivo é engrossar o discurso e mostrar para o consumidor final onde está o peso da venda das ações das companhias que geram energia no país. O sinal mais claro de que o governo federal não está se importando muito com opiniões contrárias foi dado na semana passada, quando o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, anunciou que o projeto de concessão das empresas do setor elétrico está 90% concluído e o restante será fechado nos próximos dias. Isso após um mês da divulgação da carta dos governadores do Nordeste. Carta esta que foi ignorada. Foi aí que a oposição acendeu o alerta e pisou no acelerador. O primeiro passo foi uma reunião realizada na semana passada com a procuradora geral da república Raquel Dodge. Mais uma tentativa de que o debate seja aberto. A agenda seguirá com reuniões com diversas entidades, inclusive da igreja católica. Tudo para chamar atenção. E aí o que se espera é que, nesta corrida contra o tempo, haja uma ponte que favoreça o diálogo. O fato é que falta a clareza de sentar na mesa, de mostrar qual o modelo de concessão a ser adotado, de detalhar como será o uso das águas do Velho Chico e avançar com o discurso de que apenas a venda salvará o rombo das contas públicas. Sabemos que o silêncio do governo federal já é resposta. Por isso a insistência de que apenas a pressão popular pode mudar esse cenário.

Importação em alta
A importação será o tema central da 99ª reunião do Condic, que será realizada hoje, na AD Diper. Só para se ter uma ideia, o valor previsto de importação anual para este encontro chega R$ 489,1 milhões, superando todos os valores dos dez últimos encontros do Condic, que ficaram entre R$ 68,2 milhões e R$ 463,5 milhões. Os novos projetos industriais continuam tímidos.

A volta do pirata
Após dois anos sem patrocinar o São João pernambucano, a Pernord Ricard divulgou um balanço da presença da Rum Montilla na festa deste ano. Segundo os dados, após junho, a consideração pela marca cresceu 23% entre o público de 50 a 65 anos e 18% entre os que tem de 18 a 35 anos. A bebida é líder na categoria com uma produção anual de seis milhões de litros. De todo volume vendido no Brasil, 70% é concentrado na região Nordeste, com destaque para Pernambuco que consome quase metade da produção.

Novas rotas
A Azul Linhas Aéreas anunciará esta semana novos voos internacionais com saída do Recife. A informação foi repassada, via redes sociais, pelo secretário de Turismo, Felipe Carreras, que disse que os detalhes serão anunciados pelo governador Paulo Câmara. Na semana passada, Carreras teve uma reunião com o diretor geral da Companhia AirEuropa no Brasil, Enrique Ambrosio, que informou que já foram vendidos seis mil bilhetes da rota com destino a Madrid.

Detalhando os voos
A ampliação da malha aérea do estado nos últimos dois anos será tema de uma palestra que o secretário de Turismo do Estado, Felipe Carreras, fará, amanhã, em Brasília. A apresentação integra o Seminário Desafios da Aviação, promovido pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

De portas fechadas
Após 14 anos de funcionamento, o restaurante Libório fechou as portas. Mais um exemplo de empresas pernambucanas que fecha as portas por não resistir às dificuldades econômicas do país e pela falta de segurança que afeta a todos os moradores da capital pernambucana. Outro caso  recente foi o Boteco do Recife Antigo, que também encerrou atividades.