Diante da possibilidade de privatização da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) e do receio dos trabalhadores da estatal sobre os efeitos que a medida poderá ter, integrantes da base do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco afirmaram que não existe nenhuma articulação para mudar a gestão da empresa. As declarações foram dadas durante audiência pública, ontem, convocada pela deputada Teresa Leitão para discutir o tema.

“Em 2007, a Copergás tinha apenas 618 clientes. Hoje, são 31 mil. Na última década, a produção de gás e o investimento aumentaram. Há dez anos,  foram R$ 300 milhões e neste ano será R$ 1,1 bilhão investidos”, explicou o líder do governo, Isaltino Nascimento. Ele disse que, diante dos bons resultados, não existe a possibilidade de privatizar a estatal. Ele destacou que embora a empresa seja administrada pelo estado, já existe presença de capital privado: a Mitsui do Brasil detém 24,5% das ações.

O vice-líder do governo, Rodrigo Novaes, também seguiu o mesmo tom. Segundo ele, diante de um lucro de R$ 70 milhões registrados no ano passado, o governo do estado compreende a importância da empresa para a economia pernambucana.  Ele acredita que houve uma tentativa frustrada da oposição de politizar o tema. “Apesar da garantia de que a Copergás não será privatizada, não houve tanta ênfase como na audiência que discutiu a possibilidade de venda da Compesa. Mas a palavra está dada”, avaliou Teresa. Segundo ela, o encontro foi realizado a pedido do Sindicato dos Petroleiros do estado, que estão receosos com a possibilidade de mudanças na estatal.