Porto Digital na vitrine para os empresários Cerca de 300 empreendedores do Brasil foram conhecer pessoalmente as instalações da Accenture

ANDRÉ CLEMENTE
andre.clemente@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 20/04/2018 09:00

Virou pensamento comum que a tecnologia não é mais o futuro. É agora. E o setor empresarial sabe que não se ajustar à inovação hoje pode tornar o negócio insustentável. O case do Porto Digital, em especial a unidade da Accenture, foi determinante para o 17º Fórum Empresarial do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) escolher o Recife para o encontro deste ano. Cerca de 300 líderes de todo o Brasil visitaram as instalações da empresa ontem, conheceram o trabalho, trocaram ideias e viram a prática de algo que é realidade hoje.

O anfitrião do encontro, o CEO da Accenture para o Brasil e América Latina, Leonardo Framil, apresentou a estrutura da planta pernambucana aos empresários, um investimento de US$ 2 milhões e que emprega atualmente 2 mil pessoas. “Quando se pensa em tecnologia, você pensa que o Sudeste domina. A gente mostrou com essa estrutura que com comprometimento e o esforço pode diversificar a inovação e o desenvolvimento. O Porto Digital é um exemplo disso, de que dá para gerar riquezas em qualquer lugar”.

Sobre o futuro, Framil destaca o que está acontecendo agora. “A gente precisa saber o que fazer para não perder o futuro. Então o objetivo é que os empresários possam experimentar a inovação de forma prática, como agente da economia, como indivíduo, para ter como fazer algo para acelerar nossa agenda nessa pauta”, complementa.

O espaço reúne a estrutura para criar alternativas em tecnologia para os problemas dos clientes da empresa, geralmente dificuldades em aumentar engajamento da marca ou do cliente, como criar essa sinergia ou como tornar mais eficiente o negócio, já que os entraves de infraestrutura atrapalham.

A vice-presidente do Grupo Doria, que realiza o encontro, Célia Pompéia, acrescenta que o Recife teve um peso na decisão do local do encontro deste ano. “Além de ter um parque tecnológico que reúne empresas como a Accenture e também startups de diversos setores, tem a questão da cultura raiz, que é Brennand. Uma cidade que consegue reunir isso, do moderno com a cultura histórica, torna-se diferenciada. Na parte cultural, todo mundo fica encantado. E aqui na visita a Accenture, você vê a curiosidade dos empresários, abordando funcionários, perguntando, tirando dúvidas, querendo entender para replicar ou modelar ao seu negócio”, pontuou.

Presente na comitiva, a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, reforçou o pensamento da tecnologia como realidade, mas que deve ser pensada em conjunto. “O legal é que esse encontro permite empresas de diferentes áreas, da saúde à segurança, tendo a oportunidade de pensar junto sobre os desafios do país. E não somente do seu negócio, que é o que o empresário brasileiro termina fazendo. O importante desse Fórum, que participo há 14 anos, é que você mira os problemas e coloca tanto empresários quanto governos pra debater soluções. É um exercício que falta no Brasil, de parar de pensar que o coletivo é responsabilidade do governo. É obrigação de todos”, acrescentou.