Jogadores tratados como celebridades

Publicação: 19/10/2019 03:00

Nas grandes convenções de games, os jogadores que se destacam em torneios oficiais são cercados por multidões, distribuem autógrafos e tiram fotos com fãs, como se fossem craques de futebol. Maior e-sport do mundo, o League of Legends (Lol) atrai 100 milhões de jogadores por mês, o que o tornou a produção para computador mais jogada do mundo. Em setembro, o Campeonato Brasileiro da categoria quebrou recordes de audiência, com 300 mil espectadores simultâneos assistindo à final na internet. Os prêmios para os vencedores são generosos. Nos campeonatos mundiais, realizados todos os anos, o time campeão embolsa US$ 2,4 milhões.

Em março, a cidade de São Paulo recebeu a Blast Pro Series, uma etapa do campeonato mundial do jogo Counter-Strike. As equipes disputaram uma premiação de US$ 250 mil. Não à toa, as grandes marcas passaram a investir pesado no setor. Patrocinadora dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo de futebol, a Coca-Cola é a nova parceira oficial da temporada 2019 de Overwatch League, campeonato com multijogadores desenvolvido pela empresa californiana Blizzard Entertainment.

No Brasil, a Claro patrocinou 19 torneios de e-sports nos últimos 12 meses, incluindo as fases classificatórias para o Campeonato Brasileiro de League of Legends. Algumas empresas até criaram áreas específicas de negócios para atender o crescente interesse pelos games. É o caso da Unilever, que inaugurou em março o núcleo Unilever E-sports, para estruturar projetos ligados a essa área. “Com o desenvolvimento de novas tecnologias, como os jogos de realidade aumentada, o avanço dos serviços de streaming e smartphones cada vez mais acessíveis, a indústria de games deve gerar oportunidades de negócios por muitos anos”, diz o consultor Lauro Figueiredo.