Construção prevê difícil retomada
Com cerca de 70% dos canteiros de obras paralisados, setor estima que somente em 2022 consiga retomar o crescimento no estado
Patrícia Monteiro
Especial para o Diario
patricia.monteiro@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 23/05/2020 09:30
Depois de aproximadamente seis anos, o setor de construção civil começava a assistir à lenta retomada do seu crescimento nos primeiros meses deste ano. Desde o dia 20 de março, no entanto, Pernambuco está dentre os três estados da federação com canteiros paralisados - cerca de 70% - devido ao decreto estadual que permite, apenas, a manutenção de obras públicas ou consideradas essenciais em virtude da pandemia da Covid-19. Representantes do segmento estimam que somente em 2022 este caminho volte a ser trilhado. Em nível nacional, a projeção é que o PIB do setor seja fechado no negativo, com uma queda entre 5% e 10%. Para Pernambuco, o segmento vislumbra um decréscimo mais próximo dos dois dígitos.
Érico Furtado, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon/PE), classifica o momento atual como um verdadeiro “apagão da construção” e diz que o caminho de retorno será lento.
“Serão necessárias grandes ações e um nível alto de compromisso do poder público, como a retomada de diversas obras públicas nas três esferas (federal, estadual e municipal). Além disso, é necessário a implantação e execução eficiente de um programa de investimentos em infraestrutura por parte do governo federal, priorizando as micro, pequenas e médias empresas”, afirma mencionando ainda a redução das taxas de juro para incentivar o mercado imobiliário e a tomada de crédito para capital de giro.
Retomada
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Gildo Vilaça, também considera o cenário atual um dos piores momentos para o setor. Segundo ele, após a pandemia, além de estarem sem o capital de giro necessário para manter a saúde econômica, as empresas estarão com seus cronogramas de obra atrasados. “Lidaremos ainda com potenciais adquirentes cujas rendas estarão achatadas pela redução de salários e desemprego”, diz.
Para a retomada, Gildo Vilaça acredita que será necessária uma grande parceria com as instituições de crédito imobiliário. “Esse trabalho já vem sendo feito com a Caixa Econômica Federal, que pode baixar ainda mais os juros, mas ainda é carente entre os bancos privados. Os órgãos emissores de certidões também devem dar a sua contribuição, com processos mais céleres”, relata.
Uma consequência em outro âmbito, entretanto, que, segundo ele, chama a atenção de construtores, projetistas, profissionais do marketing imobiliário e arquitetos, é a nova visão e percepção que as pessoas estão tendo de suas habitações. “Certamente, isto acarretará novas concepções de projetos, com base nas necessidades que aflorarem dessa experiência de isolamento social”, destaca.
Érico Furtado, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon/PE), classifica o momento atual como um verdadeiro “apagão da construção” e diz que o caminho de retorno será lento.
“Serão necessárias grandes ações e um nível alto de compromisso do poder público, como a retomada de diversas obras públicas nas três esferas (federal, estadual e municipal). Além disso, é necessário a implantação e execução eficiente de um programa de investimentos em infraestrutura por parte do governo federal, priorizando as micro, pequenas e médias empresas”, afirma mencionando ainda a redução das taxas de juro para incentivar o mercado imobiliário e a tomada de crédito para capital de giro.
Retomada
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Gildo Vilaça, também considera o cenário atual um dos piores momentos para o setor. Segundo ele, após a pandemia, além de estarem sem o capital de giro necessário para manter a saúde econômica, as empresas estarão com seus cronogramas de obra atrasados. “Lidaremos ainda com potenciais adquirentes cujas rendas estarão achatadas pela redução de salários e desemprego”, diz.
Para a retomada, Gildo Vilaça acredita que será necessária uma grande parceria com as instituições de crédito imobiliário. “Esse trabalho já vem sendo feito com a Caixa Econômica Federal, que pode baixar ainda mais os juros, mas ainda é carente entre os bancos privados. Os órgãos emissores de certidões também devem dar a sua contribuição, com processos mais céleres”, relata.
Uma consequência em outro âmbito, entretanto, que, segundo ele, chama a atenção de construtores, projetistas, profissionais do marketing imobiliário e arquitetos, é a nova visão e percepção que as pessoas estão tendo de suas habitações. “Certamente, isto acarretará novas concepções de projetos, com base nas necessidades que aflorarem dessa experiência de isolamento social”, destaca.
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