PIB cresce 1,4% e fica acima do esperado Com saldo positivo, riqueza produzida no Brasil soma R$ 2,9 tri neste ano. Índice de Pernambuco deve seguir tendência, diz economista

Thatiany Lucena

Publicação: 04/09/2024 03:00

O Produto Interno Bruno (PIB), soma de toda a riqueza produzida no país, registrou um crescimento de 1,4% no segundo trimestre (abril a junho) em comparação ao primeiro trimestre deste ano. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi puxado pela alta do setor de indústria no período (de 1,8%), seguida pelos serviços (alta de 1%). E com a redução do desemprego no país, o consumo das famílias também interfere no resultado.

Segundo a análise de Sandro Prado, professor universitário da FCAP/UPE, a redução do desemprego é um fator responsável pelo crescimento acima da expectativa do PIB no país. “Com o crescimento da demanda interna através da redução do desemprego, que nós chegamos a um patamar de 6,8 recentemente, um dos menores índices de desemprego dos últimos tempos, o consumo das famílias aumenta”, aponta.

PERNAMBUCO
Em Pernambuco, de acordo com informações da Agência Condepe/Fidem, esses dados devem ser disponibilizados em 12 de setembro. Na análise do economista Sandro Prado, professor universitário da FCAP/UPE, a expectativa é de que o estado siga o comportamento positivo do país, inclusive com resultados ainda melhores no setor do agronegócio.

“No estado, nós tivemos uma vantagem em relação ao restante do Brasil porque não tivemos extremos (climáticos). Continuamos produzindo razoavelmente no nosso agronegócio, principalmente com a fruticultura irrigada, em Petrolina e região. A gente continua tendo investimentos aqui na parte industrial, principalmente no Complexo Industrial de Suape. Pernambuco deve acompanhar esse bom desempenho brasileiro, que foi um dos melhores entre as economias do mundo”, aponta Prado.

Na indústria, o bom desempenho foi reflexo dos setores de eletricidade e gás, água, esgoto, atividade de gestão de resíduos, com alta de 4,2% e construção, 3,5%.