IPCA: inflação estoura o teto da meta em outubro Preços subiram em média de 4,76%, impulsionados pela energia elétrica e alimentos. Dados sobre a inflação no país foram divulgados nesta sexta pelo IBGE

Publicação: 09/11/2024 03:00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, acelerou para 0,56% em outubro, impulsionado pelos preços da energia elétrica residencial e dos alimentos. Segundo os dados, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma alta de 0,12 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, quando a inflação estava em 0,44%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta dos preços. Dois deles tiveram maior influência nos resultados de outubro: habitação, com alta de 1,49%, e alimentação e bebidas, com avanço de 1,06%. A energia elétrica residencial foi a que mais pressionou o resultado, com impacto de 0,20 p.p.

No mês de outubro esteve em vigor nas contas de luz a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$ 4,46. A alimentação no domicílio, por sua vez, passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Foi observado um aumento de 5,81% nos preços das carnes, com destaque para os cortes de acém, costela, contrafilé e alcatra.

Essa foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando atingiu 6,54%. “O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida. Já a única queda registrada em outubro veio do grupo de transportes, que recuou 0,38%. O resultado foi influenciado principalmente pela queda de 11,50% das passagens aéreas. (Correio Braziliense)