Tecnologia pode ampliar produção de uva em 22% Fertilizante organomineral Arbolina está sendo usado, em ação inédita, na produção do Vale do São Francisco com acompanhamento do Senar-PE

Thatiany Lucena

Publicação: 15/03/2025 03:00

Produto deixa as videiras mais produtivas e resistentes (DIVULGAÇÃO)
Produto deixa as videiras mais produtivas e resistentes
Com uma ação inédita, que será ampliada em Pernambuco, a produção de uva no Vale do São Francisco deverá aumentar o seu potencial, com o uso do fertilizante organomineral Arbolina. A tecnologia já foi testada em dois campos demonstrativos em Petrolina, acompanhados pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PE). Em um deles, foi observado que o material apresentou resultados positivos, fortalecendo as videiras e aumentando a eficiência do cultivo em cerca de 22%.

O teste inicial foi conduzido pelo HUB CNA, em parceria com a startup Krilltech NanoAgtech, e revelou que o fertilizante potencializa a fotossíntese, melhora o metabolismo energético das plantas e amplia a absorção de nutrientes.

O coordenador da ATeG do Senar-PE, Pedro Mouzinho, explica que esse impulso no processo fotossintético ocorre porque o fertilizante possui, em sua fonte, o carbono de alta pureza, que favorece a absorção mais rápida pelas plantas “O fertilizante faz com que o desenvolvimento das plantas seja mais efetivo e direcionado. A partir disso, a planta consegue responder e consequentemente elevar a produtividade”, aponta.

Pedro Mouzinho destaca que esses fatores tornam as videiras mais resistentes a estresses ambientais e aceleram sua recuperação, refletindo diretamente na qualidade da safra. Em um teste realizado na área de cultivo da uva BRS Vitória, em Petrolina, da produtora Márcia Ramos, foi observado aumento produtivo em torno de 22%, quando comparado ao local sem a utilização do produto.  

Comprovado o sucesso do fertilizante, Pedro Mouzinho conta que a expectativa é expandir o uso dessa tecnologia para o Sertão de Pernambuco, em Mirandiba, com a cultura da goiaba e São José do Belmonte, com o cultivo do Maracujá.