Indústria tem recuo de 5% em Pernambuco Dados são de março deste ano, segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada ontem pelo IBGE. No mês anterior, estado havia registrado crescimento

Thatiany Lucena

Publicação: 15/05/2025 03:00

Ao contrário do crescimento geral de 1,2%, com resultado positivo alcançado em dez dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional no Brasil, em março deste ano na indústria, Pernambuco obteve queda de -5,0% no período. O recuo no estado foi registrado após o crescimento de 2,4% no mês anterior. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, na comparação com março do ano passado, a queda de -22,6% foi acompanhada por 6 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado dos 12 meses, o recuo em Pernambuco foi de -0,5% no setor industrial, seguindo a mesma tendência do Nordeste no período (-4,1%). Outros resultados negativos também foram registrados no Espírito Santo (-4,3%), Rio Grande do Norte (-4%), e Rio de Janeiro (-1,5%).

O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, explica que esse crescimento na indústria nacional vem como um movimento compensatório, após cinco meses sem crescimento significativo e trazem impactos para a economia. “Vale lembrar que fatores macroeconômicos ainda impactam a cadeia produtiva, como a inflação acelerada, afetando diretamente a renda disponível das famílias, principalmente, no que tange o setor alimentício e a cesta básica. Temos também a taxa de juros em patamares elevados, a redução na concessão do crédito que arrefece o ritmo de produção. Isso explica um pouco a trajetória que vem desde outubro de 2024”, aponta.

Diante desse cenário, Pernambuco tem a segunda maior influência negativa, e a maior queda, após avançar 2,4% no mês anterior. “Com esta taxa de março, foi eliminado o avanço verificado no mês anterior. Os setores que mais contribuíram a este comportamento negativo da indústria pernambucana foram o de veículos automotores e o de produtos químicos”, contextualiza Bernardo Almeida.