PE: rendimento médio é inferior ao nacional
Pernambucanos recebem mensalmente R$ 2.221, enquanto no Brasil o valor está em R$ 3.057. Dados são da Pnad Contínua, divulgada ontem pelo IBGE
Thatiany Lucena
Publicação: 09/05/2025 03:00
O rendimento médio mensal real da população pernambucana apresenta ainda uma disparidade em relação ao da população do Brasil. Enquanto no país o valor chegou a R$ 3.057, no estado esse valor ainda é de R$ 2.221, ficando em 19º lugar no ranking entre os 27 estados mais o Distrito Federal. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, o trabalho habitual é a principal fonte de rendimento no país, com 47% da população. Já em Pernambuco esse percentual chegou a 39,6%. O único caso em que o estado supera a média nacional é no rendimento proveniente de aluguel e arrendamento. No país, a média foi de R$ 2.159, enquanto em Pernambuco a média foi de R$ 2.234.
Segundo o economista Sandro Prado, os dados refletem fatores estruturais da formação econômica do Nordeste. “Pernambuco desenvolveu-se sob uma base econômica concentrada na agroindústria açucareira e, posteriormente, em setores de baixo valor agregado e baixa complexidade tecnológica. Apesar dos avanços industriais e dos polos de tecnologia, a economia estadual ainda depende fortemente do setor de serviços de baixa produtividade”, destacou. De acordo com ele, essa dependência do estado limita a geração de empregos com maior remuneração.
“A qualificação da força de trabalho pernambucana ainda é inferior à média nacional, restringindo o acesso a ocupações melhor remuneradas. Além disso, a concentração de oportunidades econômicas na Região Metropolitana contrastam com o interior”, completou.
RENDA
Em relação ao índice de Gini - indicador que mede a concentração de renda da população, que vai de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior a concentração de renda) - o Brasil registrou 0,506, enquanto no Nordeste o número foi levemente menor: 0,502. Pernambuco obteve o segundo pior indicador (0,532), atrás apenas do Distrito Federal (0,547).
Segundo o estudo, o trabalho habitual é a principal fonte de rendimento no país, com 47% da população. Já em Pernambuco esse percentual chegou a 39,6%. O único caso em que o estado supera a média nacional é no rendimento proveniente de aluguel e arrendamento. No país, a média foi de R$ 2.159, enquanto em Pernambuco a média foi de R$ 2.234.
Segundo o economista Sandro Prado, os dados refletem fatores estruturais da formação econômica do Nordeste. “Pernambuco desenvolveu-se sob uma base econômica concentrada na agroindústria açucareira e, posteriormente, em setores de baixo valor agregado e baixa complexidade tecnológica. Apesar dos avanços industriais e dos polos de tecnologia, a economia estadual ainda depende fortemente do setor de serviços de baixa produtividade”, destacou. De acordo com ele, essa dependência do estado limita a geração de empregos com maior remuneração.
“A qualificação da força de trabalho pernambucana ainda é inferior à média nacional, restringindo o acesso a ocupações melhor remuneradas. Além disso, a concentração de oportunidades econômicas na Região Metropolitana contrastam com o interior”, completou.
RENDA
Em relação ao índice de Gini - indicador que mede a concentração de renda da população, que vai de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior a concentração de renda) - o Brasil registrou 0,506, enquanto no Nordeste o número foi levemente menor: 0,502. Pernambuco obteve o segundo pior indicador (0,532), atrás apenas do Distrito Federal (0,547).