Concessão da Compesa vai atrair R$ 19 bi para PE Maior parte do recurso (R$ 10,9 bilhões) será investida em esgotamento sanitário. Modelo de concessão é parcial e objetivo é universalizar o saneamento básico

Thatiany Lucena

Publicação: 17/07/2025 03:00

Secretário: iniciativa privada vai distribuir água nas redes (MARINA TORRES/DP FOTO)
Secretário: iniciativa privada vai distribuir água nas redes
Com o objetivo de contribuir para a universalização do saneamento básico em Pernambuco e aumentar a distribuição de água nos municípios, o projeto de concessão parcial da Compesa deve atrair R$ 19 bilhões em investimentos em obras de abastecimento de água e esgoto ao longo de 35 anos, prazo de duração da concessão. Na reta final para publicação da licitação, o projeto de concessão está em análise no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE)

“Nós pensamos no modelo em que a produção e o tratamento da água, que são as primeiras etapas, continuam a cargo da Compesa. A partir da estação de tratamento, os serviços serão concedidos à iniciativa privada que vai cuidar de distribuir essa água nas redes das cidades e também pegar, coletar o esgoto e dar destinação adequada. Os R$ 19 bilhões (que serão recebidos com a concessão) estão dentro da distribuição e do esgotamento sanitário”, disse o secretário de Projetos Estratégicos do estado, Rodrigo Ribeiro. Essa fatia será um investimento pago pelas concessionárias.

Segundo Ribeiro, dos R$ 19 bilhões, R$ 8,2 bilhões serão investidos em abastecimento de água e R$ 10,9 bilhões, em esgotamento sanitário. Sendo aprovado pelo TCE-PE, a publicação do edital para concessão deve ocorrer este mês e o leilão está previsto para ser entre setembro e outubro, em São Paulo.

O secretário destaca que o modelo de concessão tem como objetivo erradicar o rodízio de água que ainda existe no estado. “Hoje, Pernambuco consegue cobrir 87% do estado com abastecimento de água. Parece ser muito, já que o Brasil está trabalhando com índice de 84%, mas somos o estado com o maior problema de rodízio de água do país”, afirma. Já em relação ao esgotamento sanitário, o secretário explica que o estado deve sair de 34% (índice de cobertura atual) para 90% em oito anos.