Holanda em luto recebe os corpos
País que teve maior número de vítimas no voo MH17 parou para ver a chegada dos corpos. Áudios da caixa-preta foram coletados ontem
Publicação: 24/07/2014 03:00
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Avião com os caixões desembarcou às 16h (locais) em Eindhoven, no sul do país |
O Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu na quinta-feira passada atingido por um míssil. Por volta das 16h (11h de Brasília), a Holanda, origem de 193 das 298 vítimas, parou quando os dois aviões com os 40 caixões de madeira clara aterrissaram em Eindhoven, no sul do país.
As bandeiras dos países que perderam cidadãos na tragédia estavam a meio-mastro no aeroporto e um minuto de silêncio foi respeitado pelas famílias presentes. Também estavam no aeroporto o rei Willem-Alexander e a rainha Maxima, além do primeiro-ministro Mark Rutte.
Os militares das Forças Armadas holandesas transportaram em seguida, em silêncio absoluto, os caixões para os veículos funerários que levaram os corpos à base militar de Hilversum, perto de Amsterdã, onde o processo de identificação começou e pode levar vários meses.
A cerimônia foi transmitida ao vivo pela televisão. À beira de uma estrada que leva à base militar e diante desta, milhares de holandeses se reuniram para ver a passagem do comboio, jogando flores e aplaudindo, em homenagem às vítimas.
Enquanto as famílias esperavam angustiadas o repatriamento dos primeiros corpos, vários outros ainda estariam no local da queda expostos “aos danos causados pelo calor e pelos animais”, afirmou Tony Abbott, primeiro-ministro da Austrália, que perdeu 28 cidadãos na tragédia.
Flores
O silêncio era total no normalmente movimentado aeroporto de Amsterdã-Schiphol, de onde havia decolado o avião na quinta-feira passada. Pessoas choravam diante do mar de flores depositadas na entrada do aeroporto, onde nenhum avião aterrissou ou decolou durante um minuto.
Em todo o país, o dia de luto nacional - o primeiro desde a morte da rainha Wilhelmina em 1962 -, foi marcado pela suspensão dos serviços de trens e metrô para que todos pudessem respeitar o minuto de silêncio ao som dos sinos das igrejas.
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