Israel fala em guerra longa à vista
Ataques a campo de refugiados e ao maior hospital de gaza marcaram retomada de combates. Quatro soldados israelenses foram mortos ontem
GABRIELA WALKER
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Rodrigo Craveiro
rodrigocraveiro.df@dabr.com.br
Publicação: 29/07/2014 03:00
Protestos pró-Gaza na Cisjordânia são combatidos com bombas de efeito moral |
Moradores do território palestino receberam mensagens e ligações telefônicas das Forças de Defesa de Israel (IDF, pela sigla em inglês), por meio das quais aconselhavam que fugissem para a Cidade de Gaza, desocupando localidades fronteiriças. Jornalistas estrangeiros foram advertidos ontem a não abandonarem seus hotéis.
O feriado de Eid Al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã, foi sangrento. Crianças do campo de refugiados de Al-Shati brincavam em um parquinho improvisado na localidade, às margens do Mar Mediterrâneo, na parte norte de Gaza. Por volta das 17h30 (11h30 em Brasília), um foguete atingiu o local, matando oito crianças e dois adultos.
Pouco tempo depois, o Al-Shifa, maior hospital da Faixa de Gaza e para onde os mortos e feridos em Al-Shati foram levados, foi alvo de explosões. Um porta-voz do Ministério da Saúde da Autoridade Palestina afirmou à agência de notícias Reuters que o terceiro andar do prédio - ocupado por uma unidade de tratamento intensivo e por salas de cirurgia - foi atingido. Ao menos duas pessoas ficaram feridas.
Segundo Israel, mais de 200 morteiros disparados de Gaza caíram no território palestino desde o início da operação Margem Protetora, em 8 de julho. Foguetes lançados por palestinos contra o Conselho Regional de Eshkol, na fronteira com o enclave, mataram quatro soldados israelenses - aumentando para 48 total de baixas militares em Israel.
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