Derrotar e não conter o EI

Publicação: 31/08/2014 03:00

Militantes do EI executaram mais de 200 sírios nesta semana (DDADDFSDF)
Militantes do EI executaram mais de 200 sírios nesta semana
O avanço dos jihadistas no Iraque desde o início de junho demonstrou, no entanto, os limites da estratégia que consiste em se apoiar nos aliados locais: as forças iraquianas, nas quais Washington investiu bilhões de dólares, desmoronaram em poucos dias. Na Síria a situação é ainda mais complicada: os rebeldes moderados se enfraqueceram, e o único aliado potencial de peso na luta contra o EI é Bashar al-Assad, uma hipótese rejeitada por Washington.

No entanto, a ideia de uma ofensiva mais vasta contra os jihadistas começa a ganhar espaço. Segundo o general Martin Dempsey, o militar norte-americano de mais alta patente, os jihadistas podem ser derrotados com a condição de serem perseguidos também na Síria, e não apenas no Iraque. “É impossível conter o EI, é preciso derrotá-lo”, estima o senador republicano John McCain, que há semanas exige ataques na Síria.

Alguns analistas acreditam que para derrotar um grupo que “não tem lugar no século 21”, segundo palavras do presidente norte-americano, Washington pode se ver obrigado a flexibilizar sua posição em relação a Damasco.