Os desafios do mundo em debate no Japão Ritmo lento da economia, terrorismo e crise migratória são os temas principais da cúpula do G7

Publicação: 27/05/2016 03:00

Reuniões do G7 serão encerradas hoje, na pequena cidade japonesa de Ise-Shima (HO/AFP)
Reuniões do G7 serão encerradas hoje, na pequena cidade japonesa de Ise-Shima
Ise-Shima, Japão (AFP) - Os líderes dos países do G7 iniciaram ontem no Japão uma cúpula de dois dias com a agenda centrada nos desafios impostos por um crescimento econômico mundial lento, a luta contra o terrorismo, as reivindicações marítimas da China e a crise migratória. A cúpula dos chefes de Estado ou de Governo dos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Canadá e Japão acontece com pano de fundo o lento crescimento global.

Todos evocam o equilíbrio que deve ser encontrado entre a política monetária, política fiscal e reformas estruturais. No entanto, as divisões sobre como todos esses aspectos devem ser dosados prevelecem durante a cúpula.

Ainda sobre a questão econômica, o presidente francês, François Hollande, indicou “que ainda preocupa a situação dos países emergentes”, como a China, Brasil, Rússia e Argentina, e ainda a “volatilidade do preço do petróleo”.

As medidas de segurança foram reforçadas em todo o arquipélago japonês, com milhares de policiais extras implantados para monitorar as estações ferroviárias e terminais marítimos. Tóquio não quer correr nenhum risco depois dos ataques terroristas em Paris e Bruxelas nos últimos meses.

O G7 discute também a luta contra o terrorismo e seu financiamento, uma das prioridades do presidente François Hollande, após os ataques reivindicados pelo Estado Islâmico (EI).

Enquanto a Europa enfrenta sua mais grave crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial, a migração também estará incluída nas negociações por “iniciativa” da Alemanha.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, presente em Ise-Shima, chamou o G7 a “reconhecer que esta é uma crise global”, apesar das razões geográficas que representam um pesado fardo sobre os ombros europeus.
“Pedimos o apoio (do G7) que deve se comprometer a aumentar a ajuda global para atender as necessidades imediatas e a longo prazo dos refugiados e dos países de acolhimento”, disse ele.