Para avaliar a extensão dos danos Autoridades de países com territórios no Caribe constatam de perto o rastro de destruição deixado pelo Irma. Trump vai amanhã à Flórida

Publicação: 13/09/2017 03:00

Pointe-à-Pitre (AFP) – O presidente francês, Emmanuel Macron, e o rei da Holanda viajaram ontem para as ilhas do Caribe devastadas pelo furacão Irma para constatar a extensão “sem precedentes” dos danos e tentar amenizar o descontentamento dos habitantes diante da falta de organização. O ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, visita as Ilhas Virgens Britânicas e Anguilla. Londres também tem sido criticada pela gestão da catástrofe que deixou pelo menos 40 mortos no Caribe e na Flórida.

Os governos francês, holandês e britânico são acusados de demorar para enviar socorro e reforçar a segurança nas ilhas, mergulhadas no caos e, por vezes, entregues aos saques depois da passagem do furacão. Ao chegar a Pointe-à-Pitre, na ilha francesa de Guadalupe, Macron alegou que “a antecipação foi total”.

O governo “respondeu logo que a informação foi dada, vários dias antes, e constantemente ao longo desta crise”, assegurou o chefe de Estado à imprensa, ainda na pista do aeroporto. “Retornar à vida normal é nossa principal prioridade”, acrescentou Macron, que deve se dirigir na parte da tarde para a ilha franco-holandesa de Saint Martin e francesa de Saint Barts, as duas mais afetadas pelo Irma.

O furacão deixou pelo menos 11 mortos e vários desaparecidos nas ilhas francesas, bem como quatro na parte holandesa, de acordo com o último balanço oficial.

A comitiva do presidente não espera uma “calorosa recepção” em St. Martin. “Ficamos quatro, cinco dias sem ajuda, tendo que nos defender de pessoas armadas”, declarou Fabrice, proprietário de um restaurante em St. Martin e repatriado para a metrópole na segunda-feira. “A gestão do Estado francês? Sinto muito, mas foi zero. Não recebemos apoio”, criticou.

Já o rei da Holanda, Willem-Alexander, visitou as ilhas de Saba e Sint-Eustatius depois de passar a noite na parte holandesa de St. Martin. Acompanhado por seu ministro do Interior, Ronald Plasterk, ele se encontrou com moradores locais e acompanhou a distribuição de ajuda humanitária. O rei expressou seu choque diante da devastação. “Vi coisas que eu nunca tinha visto antes. Vi a guerra e outros desastres naturais, mas nada assim, está tudo devastado”, declarou ao canal público NOS.

O presidente norte-americano, Donald Trump, viajará amanhã para a Flórida para constatar in loco os danos causados pelo furacão Irma, informou a Casa Branca nesta terça-feira. “Minha preocupação se mantém por todos os afetados pelos furacões”, tuitou a primeira-dama, Melania Trump, ressaltando que acompanhará o presidente na viagem.