Os Estados Unidos consideram isentar o Brasil, Argentina e Austrália das tarifas sobre aço e alumínio, e pretendem alcançar uma solução com a União Europeia. O anúncio foi feito ontem, dois dias antes de os Estados Unidos começarem a aplicar as taxas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio que entram em seu mercado. Os norte-americanos recebem pedidos de isenção de diversos países. Os Estados Unidos já isentaram o Canadá - seu maior fornecedor de aço - e o México dessas tarifas durante a renegociação do Nafta, o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte.

O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, disse ao Congresso ontem que as isenções de tarifas estão sendo discutidas para o Brasil, Argentina e Austrália. Responsável por 13% das importações norte-americanas de aço, o Brasil comemorou o gesto de Washington. “É uma boa notícia”, disse o presidente Michel Temer em Brasília.

Washington e Bruxelas propõem alcançar uma acordo “mutuamente aceitável” sobre suas disputas comerciais, segundo uma nota conjunta do secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, e da comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmstroem.

China
O presidente Donald Trump parece decidido a continuar incendiando os debates comerciais. A Casa Branca anunciou que hoje será anunciada uma série de medidas comerciais contra a China pelo suposto roubo de propriedade intelectual de empresas americanas. “O presidente anunciará ações que decidiu tomar com base na investigação sobre os esforços chineses, conduzidos pelo Estado e que distorcem o mercado, para forças, pressionar e roubar tecnologia e propriedade intelctual norte-americana”, disse o porta-voz Raj Shah.